1º de Maio
Centrais e movimentos populares se unem no 1º de maio, por Auxílio e Vacina
A Central Única dos trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais (Força, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, Intersindical e Pública) se unem mais uma vez para realizar o 1° de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, em torno de pautas urgentes para a classe trabalhadora brasileira, como a defesa e o respeito à vida, o auxílio emergencial digno e o emprego decente.
Também pela segunda vez consecutiva, diante das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, o evento será feito em formato virtual.
“Queremos fazer o contrário do que faz o Bolsonaro, que nunca conseguiu unificar o Brasil para combater a pandemia”, diz o vice-presidente da CUT, Vagner Freitas. “A união das centrais em torno de um só objetivo é o que os trabalhadores mais precisam neste momento em que Bolsonaro pratica esse genocídio contra a população brasileira. Ao contrário do que sempre fez o presidente, que nunca foi um líder capaz de agregar forças para combater a pandemia e salvar vidas, o movimento sindical se une para defender os trabalhadores”, diz Vagner.
Ele critica Jair Bolsonaro por boicotar o distanciamento social promovido por governadores e prefeitos, além de incentivar tratamentos precoces que não têm nenhuma comprovação científica contra a Covid-19. “Ele negligenciou a doença, deu mau exemplo causando aglomerações, não usou máscara, desdenhou da doença, estimulou o uso de medicamentos sem comprovação científica, além de brigar o tempo inteiro com governadores e prefeitos para defender seus interesses políticos para 2022”.
Auxílio de R$ 600, vacina e fora Bolsonaro
A pauta construída pelas centrais para marcar a comemoração do 1º de Maio Unitário inclui a defesa e o respeito à vida, o pagamento de auxílio emergencial no valor de R$ 600 até o fim da pandemia, a vacinação em massa para toda a população, geração de emprego e renda, a defesa das empresas públicas e a luta contra a reforma administrativa, proposta de Bolsonaro que destruirá os serviços públicos.
“E para que tudo seja possível, para a CUT, só tem um caminho. É eliminar o principal vírus causador de toda a tragédia pela qual passa o Brasil. É fora Bolsonaro. Para que os trabalhadores do Brasil voltem a ter emprego decente e respeito à saúde e à vida, Bolsonaro tem que ser afastado do poder”, completa Vagner Freitas.
O dirigente criticou ainda o fato de o governo não ter apresentado uma política competente para retomar a economia, gerar mais empregos e proteger os trabalhadores nem criou um comando nacional de combate ao novo coronavírus, mais de um ano depois que a pandemia foi confirmada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Como será o 1º de Maio Unitário das centrais
“Será uma data de luta”, reforça o vice-presidente da CUT. Para ele, o ato das centrais terá como objetivo principal defender a vida, a democracia e o direito ao trabalho. “E para que cesse o genocídio de nossos trabalhadores”, completa
Vagner reforça que todo esse esforço só valerá a pena se os trabalhadores/as se engajarem e participarem do 1° de Maio, protestando com as centrais pelos seus direitos.
O dirigente destaca ainda que a semana que antecede a data – a Semana do Trabalhador – também faz parte dessa luta, por trazer ao centro do debate outros temas como a solidariedade de classe, que tem salvado a vida de pessoas que perderam emprego e renda durante a pandemia; a saúde dos trabalhadores/as e a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS); e a diversidade e a proteção à população mais vulnerável, como as mulheres, negros e negras e a população LGBTQIA+, entre outros.
“Será uma semana de celebração à luta, de denúncia, de pressionar para que as reivindicações sejam atendidas e, acima de tudo, para que a vida seja respeitada. E a participação de todos trabalhadores neste processo é fundamental para mostrarmos a nossa força e a nossa voz”, diz.
Live a partir das 14h
O 1º de Maio Unitário das centrais sindicais terá a presença de todos os presidentes das entidades, além de artistas, intelectuais e lideranças religiosas e políticas em uma live, que será transmitida, a partir das 14h, pela TVT e pelas redes sociais do movimento sindical.
Assim como em 2020, ano em que o isolamento social foi adotado para conter a disseminação do novo coronavírus, este ano, com a pandemia descontrolada no Brasil, também não serão realizados atos em locais públicos como era antes da pandemia, seguindo todas as orientações da OMS de evitar aglomerações.
O diferencial deste ano será a presença dos presidentes das centrais em estúdio, de onde farão seus discursos. O programa será ancorado pela cantora, compositora e apresentadora Ellen Oléria, que comanda o Estação Plural, na TV Brasil. Também no estúdio, a atriz, cantora e multi-instrumentista paraibana Lucy Alves fará a apresentação artística que encerrará o 1º de Maio Unitário das Centrais Sindicais.