Jovens do MST inauguram rede de bibliotecas populares em homenagem a Paulo Freire em Alagoas

Por Gustavo Marinho
Da Página do MST

No período de homenagens ao centenário do educador Paulo Freire, a Juventude Sem Terra de Alagoas lança a rede de Bibliotecas Populares nos acampamentos e assentamentos do estado. Envolvendo um mutirão de trabalho nas áreas, doações de livros e campanha para organização das bibliotecas, estão previstas inicialmente a inauguração de três primeiros espaços organizados pelos jovens Sem Terra.

De acordo com Jislaine Maciel, do Coletivo de Juventude do MST em Alagoas, a iniciativa de construção das Bibliotecas Populares é uma ação concreta da Juventude Sem Terra em seus territórios para fortalecer a literatura em todas as suas dimensões.

“Nossas bibliotecas não serão somente espaços físicos, mas devem ser uma experiência viva em nossas áreas. Com possibilidade de criação, de organização e de instrumento de luta para todos e todas”, comentou Jislaine.

As três primeiras Bibliotecas Populares Paulo Freire em Alagoas serão inauguradas no assentamento Nova Esperança, em Olho D’Água do Casado, no Sertão de Alagoas, no acampamento 1º de Outubro, na cidade de Taquarana e no assentamento Santa Maria, na Zona da Mata de Alagoas, na cidade de União dos Palmares.

“Tivemos um período de debate, organização e trabalho coletivo nessas áreas e agora chegamos a nova etapa das bibliotecas: a campanha de arrecadação de livros”, explicou ela.

Segundo Jislaine, a Rede de Bibliotecas Populares Paulo Freire realizará uma ampla campanha para arrecadação de livros para o acervo nos três espaços, envolvendo parceiros e amigos do MST em Alagoas. A iniciativa contará ainda com o apoio de títulos da Editora Expressão Popular.

Ana Paula Ferreira, do assentamento Nova Esperança, um dos espaços que terá a Biblioteca Popular Paulo Freire, destacou a importância da sua realização para a área. “Nosso assentamento está de braços abertos para a iniciativa”, sinalizou.

“Ter uma biblioteca em nossa comunidade é muito importante para que todos e todas tenham mais um espaço para o estudo e socialização, que será fundamental não somente para os jovens, mas para todos que vivem no assentamento”, comentou Ana Paula.

*Editado por Solange Engelmann