Eleições 2022
“É preciso sonhar e é possível lutar”, diz Marina do MST, em ato de filiação ao PT no Rio
Do Brasil de Fato
A dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Marina dos Santos se filiou na noite desta quinta-feira (10) ao Partido dos Trabalhadores (PT). O ato de filiação aconteceu no Armazém do Campo, na Lapa, zona central do Rio de Janeiro, e teve a participação de parlamentares de partidos de esquerda e de representantes de movimentos sociais e populares.
Marina do MST, que deve concorrer em outubro a uma vaga como deputada estadual para ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), disse que o estado do Rio tem o papel fundamental de se somar aos demais estados e eleger uma bancada que dê base de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à presidência da República.
“É preciso sonhar e é possível lutar. Vamos fazer a disputa institucional como um grande movimento em movimento, quero estar ombro a ombro com pessoas que acreditam no trabalho de base, com o pé na rua. E para fazer as transformações que nosso povo precisa, vamos ter que ter movimentos populares fortes, parlamentares comprometidos e Lula eleito”, afirmou Marina.
O ex-chanceler Celso Amorim não pôde estar presente ao ato, mas enviou um vídeo afirmando que o PT precisará eleger uma bancada forte para o Congresso Nacional e para as assembleias legislativas para dar apoio ao governo de Lula, mas que essas bancadas também precisam ser diversificadas em gêneros e etnias.
“Por isso, Marina do MST, militante que trabalha em favor das causas sociais, que é assistente social com uma longa experiência, será um grande acréscimo ao parlamento do Brasil”, disse Amorim.
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann, deu as boas-vindas a Marina como nova integrante da legenda e também salientou, em vídeo enviado ao ato de filiação de Marina, que a população brasileira e nos estados tem precisado cada vez mais da sensibilidade de mulheres trabalhadores que representem a política institucional no parlamento.
Ao lado de Mateus, filho de Cícero Guedes, e de dona Marinete, mãe da vereadora Marielle Franco, o deputado federal e pré-candidato ao governo do estado Marcelo Freixo (PSB) disse que a Alerj precisa de Marina e que o Rio de Janeiro não pode mais ser governado pelo fascismo e pelo bolsonarismo.
“Não vai adiantar dizer que tem democracia nesse país se a gente não eleger mulheres. Façam de Marina deputada estadual porque a gente vai precisar dela na Alerj”, afirmou Freixo, que reforçou o simbolismo de a filiação da dirigente ocorrer no Armazém do Campo, um espaço do MST, e em um espaço cultural que leva o nome de Marielle Franco.
Diversos movimentos, como o Levante Popular da Juventude e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), além de muitos outros participaram do ato de filiação de Marina. Os parlamentares Lindbergh Farias (PT) e Wadih Damous (PT), além de representantes da sociedade civil, como o teólogo Leonardo Boff, o pastor Henrique Vieira e Carol Proner participaram do ato.
*Editado por Eduardo Miranda/BdF