Eleições 2022
Mutirões para tirar e regularizar o Título de Eleitor mobilizam jovens em Alagoas
Por Gustavo Marinho
Da Página do MST
Amanhã (4 de maio) é a data limite determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para emissão e regularização do Título de Eleitor e garantir o voto nas eleições de outubro de 2022, e diversos mutirões foram impulsionados em Alagoas nas últimas semanas, organizados pelo Coletivo de Juventude do MST, em parceria com grupos de juventude e movimentos populares do estado.
Ao todo foram realizados mutirões em cinco cidades, além de ações nos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária que garantiram o diálogo e auxílio aos jovens do MST na emissão do primeiro documento.
De acordo com Jislaine Maciel, do Coletivo de Juventude do MST em Alagoas, os mutirões foram realizados em diálogo com escolas, organizações dos bairros e ampliou a comunicação com os jovens também nas cidades para tirar o Título de Eleitor.
“Por ser um processo possível de fazer de maneira online, os mutirões ofereceram auxílio tanto para os jovens que ainda não tinham o documento, quanto na regularização de Título para quem ainda tinha alguma pendência”, explicou Jislaine, que participou dos mutirões em Delmiro Gouveia, no Sertão de Alagoas.
Ainda no Sertão Alagoano, a cidade de Olho D’Água do Casado também realizou mutirão que recebeu mais de 100 jovens nos dois dias de atividade. José Neto, da Direção Nacional do MST, acompanhou a atividade no município e destacou a importante participação da juventude nos dias de ação: “a notícia se espalhou pela cidade, fizemos diálogo nas escolas e muita gente abraçou a iniciativa. Foram dois dias intensos de atividade, mas com muita animação de quem participou e contribuiu com os mutirões”.
Além de Delmiro Gouveia e de Olho D’Água, o Movimento impulsionou os mutirões em Joaquim Gomes, Atalaia, além da capital Maceió, onde os mutirões ocorreram no bairro da Levada, na periferia da cidade, na Casa do Congresso do Povo, espaço de articulação comunitária organizada pelo MST.
“O grande saldo desse processo é a possibilidade de mobilizarmos a juventude que visualiza a possibilidade de mudança dos rumos do nosso país a partir das eleições em outubro, mas da necessidade da nossa organização para além do dia de ir às urnas”, refletiu Jislaine.
Segundo a jovem, os mutirões serviram como termômetro para ampliar e fortalecer o diálogo com a juventude nos municípios que têm se colocado à disposição para a organização e luta no próximo período. “Os mutirões não podem acabar só com a emissão de Título. Os próximos passos são fundamentais para efetivar a mudança que queremos na política do país, seja com os Comitês Populares, com grupos culturais, fortalecimento dos grêmios estudantis… Nosso objetivo é poder fortalecer cada vez mais a organização da juventude da classe trabalhadora”.
*Editado por Fernanda Alcântara