Repúdio
MST reafirma solidariedade às lideranças do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas
Por Gustavo Marinho
Da Página do MST
Está circulado nas redes sociais de forma anônima nas últimas semanas, um vídeo que tem tentado deslegitimar a liderança sindical de históricas referências da luta em defesa da educação pública em Alagoas e do sindicato que organiza a luta da categoria, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (SINTEAL).
Em nota, o MST reforça a solidariedade às companheiras e repudia toda e qualquer ameaça e os ataques às organizações da classe trabalhadora.
“É uma afronta, às elites e aos governantes que não prezam pela democracia e ao direito de organização, a existência de instrumentos que possibilitam a mobilização, a reivindicação de direitos e que não se rendem aos caprichos de administrações que usam do poder para garantir seus privilégios. (…) Na tentativa de fragilizar e destruir um dos principais sindicatos de luta e resistência, buscam individualizar, personalizar, desgastar e destruir lideranças”, destaca trecho da nota.
Confira o posicionamento na íntegra:
Nota em solidariedade às companheiras do SINTEAL e de defesa e apoio a organização dos trabalhadores/as da educação do estado de Alagoas
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST manifesta sua solidariedade e apoio irrestrito às companheiras do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (SINTEAL), Consuelo Correia, Célia Capristano, Girlene Lázaro e Lenilda Lima, mulheres, educadoras, sindicalistas e lideranças da classe trabalhadora em Alagoas e no Brasil.
De forma covarde, sorrateira, machista e anônima (perfil de quem não está disposto a assumir suas posições contra o povo), os que tentam atacar lideranças legítimas dos trabalhadores e trabalhadoras, estão, na verdade, atacando o direito de nossa organização e nossas lutas.
Pois é uma afronta, às elites e aos governantes que não prezam pela democracia e ao direito de organização, a existência de instrumentos que possibilitam a mobilização, a reivindicação de direitos e que não se rendem aos caprichos de administrações que usam do poder para garantir seus privilégios e negar conquistas históricas, aqui em específico, dos que estão exercendo o direito constitucional à greve como forma de denúncia à forma como a prefeitura de Maceió tem tratado os trabalhadores e trabalhadoras em educação que fazem parte do SINTEAL.
Na tentativa de fragilizar e destruir um dos principais sindicatos de luta e resistência, buscam individualizar, personalizar, desgastar e destruir lideranças. Método antigo usado como forma de deslegitimar a luta do povo, como fizeram com Palmares e uma de nossas principais lideranças populares – Zumbi, perseguido, caluniado e assassinado em nome da liberdade do povo preto escravizado.
Nos dias atuais as formas são outras. O esquartejamento, não mais de fato, mas é social e político, e a tentativa de calar os que lutam é feito através das tecnologias, disseminando mentiras e calúnias nas redes sociais. A tudo isso, nosso repúdio e indignação!
No entanto, também aprendemos com a história e com a luta de todas e de todos que nos antecederam que é necessário organizar-se, lutar, resistir e cantar.
“Hoje viemos cantar no coração da cidade. Para que ela ouça nossas canções e cante. E reacenda nesta noite a estrela de cada um. E ensine aos organizadores da morte e ensine aos assalariados da morte, que um povo não se mata, como não se mata o mar, o sonho não se mata, como não se mata o mar, a alegria não se mata, como não se mata o mar, a esperança não se mata, como não se mata o mar e sua dança”. (Pedro Tierra)
Reafirmamos assim, o nosso compromisso e disposição de lutar juntos a todos/as trabalhadores/as em Educação do estado de Alagoas, como já ocorridas em momentos decisivos da história do nosso estado.
Estamos juntos, atentos e dispostos para a luta!
Alagoas, 13 de Julho de 2022.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST