Juntas Pelo Brasil
“Mulheres com Lula” ocupam ruas do país neste sábado
Da Rede Brasil Atual
Neste sábado (13), mulheres de todo o país estiveram nas ruas pela democracia, em apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e em defesa de “um futuro mais digno para povo brasileiro”, segundo Anne Moura, secretária nacional de mulheres do PT. “Fomos as mais prejudicadas por esse governo. É desemprego, despejo, retirada de direitos, o preço dos alimentos não para de subir e a fome toma conta. Queremos o direito a uma vida digna para todos e todas”, afirmou.
A mobilização “Mulheres juntas pelo Brasil” é iniciativa do Comitê Popular de Luta Nacional “Mulheres com Lula”, com participação dos principais movimentos populares de mulheres, e organização das alas femininas de PT, PSOL, PCdoB, PSB, PV, Rede e Solidariedade, movimentos sociais e feministas.
A defesa de políticas sociais, medidas contra a violência e a defesa do sistema eleitoral e estão entre bandeiras defendidas nas ruas. Estão previstos atos em todos os estados e no Distrito Federal, assim como manifestações fora das capitais.
As manifestações levam às ruas as dificuldades enfrentadas pelas mulheres em seus lares. Em dois anos, a fome entre famílias negras e pardas aumentou 8%, segundo a Rede Penssan. A cada dez lares chefiados por mulheres ou pessoas negras de qualquer gênero, seis têm algum tipo de restrição de acesso a alimentos. Entre famílias chefiadas por homens, independentemente de raça, o índice é de 53,6%. Entre lares chefiados por pessoas brancas, é de 46,8%.
Política econômica: escassez de comida
A política econômica do governo Bolsonaro e Paulo Guedes, ministro da economia, levou à escassez de alimentos na mesa das brasileiras. O leite longa vida sofreu um aumento de 22,27%, assim como seus derivados requeijão (4,74%), manteiga (4,25%) e queijo (3,22%). O valor do gás, da conta de luz, o preço do aluguel subiram e o salário não fecha no fim do mês.
Feminicídio
O governo Bolsonaro destinou, em 2022, o menor recurso dos últimos quatro anos para as políticas de combate à violência contra a mulher. O Atlas da Violência 2021, do Ipea, apontou que mais de 66% das vítimas de feminicídio em todo país são mulheres negras. De 2016 para cá, o feminicídio aumentou quase 50%, segundo dados do CNJ. No último ano, as medidas protetivas de urgências aumentaram cerca de 15%, sem contar os casos de subnotificação.
As manifestações também clamam por paz. De 2019 a março de 2022, mais de 400 mil novas armas de fogo foram registradas no país, segundo dados da Polícia Federal. Desse total, mais 96% estão em nome de homens.