Agroecologia
Plantio de árvores marcam as comemorações dos 35 anos do MST na Bahia
Por Caroline Oliveira, do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST
Trabalhadoras e trabalhadores Sem Terra plantaram mais de 600 mudas de árvores nativas no bosque que leva o nome de Márcio Matos, que simboliza a luta durante os 35 anos do MST na Bahia e a continuidade de um projeto coletivo. O plantio foi feito às margens do rio em uma área de preservação permanente, no primeiro assentamento do MST da Bahia, o 40-45, no município de Alcobaça.
O plantio de árvores faz parte do Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, desenvolvido nos territórios do MST com intuito de recuperar áreas degradadas, nascentes de água, encostas, beiras de rios e córregos e ligado às práticas de produção de alimentos saudáveis e soberania alimentar.
“Para nós do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que completam 35 anos de existência no estado da Bahia, um dos nossos objetivos e princípios enquanto movimento está no cuidado dos bens comuns da natureza e o cuidado das águas, das florestas. As nossas áreas que a gente vem construindo com muita luta, conquistando áreas para fazer assentamentos. A gente tem a tarefa e o dever militante de recuperar essas áreas que foram degradadas pelo agronegócio, pelo sistema capitalista, na exploração desenfreada dos recursos dos bens comuns”, afirma Meriely Oliveira, que coordena o Plano Nacional Plantar Árvores, produzir Alimentos Saudáveis no estado da Bahia.
O MST tem a meta de plantar 100 milhões de árvores em todo o país no período de 10 anos, no estado da Bahia foram plantadas 670 mil neste ano. E em dois anos já foram realizadas mais de 2 milhões de árvores plantadas a nível nacional.
Para Jeanderson Souza, da direção estadual da regional Baixo Sul, “esse ato de plantio de árvores é justamente nossa ação fundamental de reconstruir o nosso meio agrário, reconstruir nossos territórios, porque é através da luta que a gente conquista os nossos objetivos e forma a nossa consciência”.
O ato foi concluído com todos os trabalhadores e trabalhadoras das regionais plantando com espírito de comemoração da nossa existência, reafirmando a importância dos cuidados do bens comum da natureza e também da agroecologia.
*Editado por Fernanda Alcântara