Incêndio Criminoso
Famílias de acampamento do MST em Ipueiras (TO) sofrem ataques com incêndio de casas e plantações
Por Comunicação MST/TO
Da Página do MST
Na tarde do último sábado (01), por volta das 14 horas da tarde, o acampamento do Movimento Sem Terra, Clodomir Santos de Morais, situado no município de Ipueiras, no Tocantins, voltou a ser atacado novamente, com um incêndio que queimou casas com todos os pertences, além de outras estruturas existente na área de parcela das famílias acampadas.
O ataque estendeu-se para outras quatro parcelas do acampamento, destruindo além das plantações dos agricultores a vegetação nativa da área. Esta é a segunda vez que o acampamento sofre com ataques de incêndio em menos de um mês, o mais recente ocorreu na madrugada de 21 de setembro deste ano.
As famílias, ao perceberem que estavam sofrendo mais um ataque, se mobilizaram e conseguiram controlar o fogo, evitando assim, que mais casas e plantações fossem destruídas.
Segundo os vestígios encontrado pelas famílias, os executores da ação adentraram a área para cometer o crime. O acesso à área foi pelo lago-rio.
O MST entende que os fatores que motivam estas ações estão relacionadas ao histórico de criminalização contra os movimentos sociais, a conjuntura política existente atualmente em nosso pais e o enfrentamento que os Sem Terra vem travando contra os grileiros de terra que querem a todo custo, expulsar as famílias da área.
A área encontra-se em conflitos e tramita um processo na esfera judicial desde de 2014, envolvendo grileiros de terra, a INVESTICO e as famílias Sem Terra.
As famílias Sem Terra, que vivem e produzem na área do acampamento, reafirmam que vão continuar lutando e resistindo pela conquista definitiva da terra. “Sob o ataque, exigimos que as autoridades tomem as devidas providências, encontrem os elementos causadores dessa tragédia e que a justiça seja feita. Pois, queremos apenas trabalhar, produzir e viver em paz na terra, lutando para ter acesso a todos os direitos básicos que a nossa Constituição Federal nos garante”, afirmam os Sem Terra do acampamento.
*Editado por Solange Engelmann