Mulheres em Luta
Marcha pela vida das mulheres e pela Agroecologia
Por Carla Batista
Da Página do MST
Na última quinta-feira (16/03), Dia Nacional de Conscientização das Mudanças do Clima, mulheres do campo e da cidade, ocuparam às ruas da pacata cidade de Montadas, no semiárido paraibano para denunciar as contradições na produção industrial da energia renovável.
Juntas, nós camponesas do Movimento dos Trabalhadores/as Sem Terra do Brasil, nos somamos a mulheres de vários territórios do estado e do país, e fizemos a 14ª Marcha Pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia.
O tema dessa edição da marcha, evidencia que se de fato são energias renováveis limpas, também precisam ser justas. E, enquanto a produção de energia a partir dos ventos e do sol for centralizada no modelo industrial, vai provocar dor, sofrimento, pobreza e fome para a população do campo. Sendo assim, não é limpa, nem sustentável, nem justa.
Os impactos da construção de parques eólicos é devastador
Poeira, espaço reduzido para o plantio por conta das torres e das fiações subterrâneas, e o perigo de queda das aeroturbinas e impactos ambientais são devastadores nos municípios com parques eólicos.
A luta das mulheres é para que haja uma energia renovável, mas que ela não diminua as terras cultiváveis.
A rápida e expansiva territorialização dos negócios dos ventos, principalmente, na forma de complexos e parques eólicos de larga escala sobre os territórios camponeses no nordeste do Brasil, é um alerta para nós aqui no Polo da Borborema Paraíba.
Sigamos atentas e encorajadas a enfrentar esse modelo que compromete nossas vidas e nosso território.
Ainda dentro da programação, o evento hoje contou com rodas de conversas, peças de teatro, com apresentação de Lia de Itamaracá e as filhas de Baracho.
*Editado por Solange Engelmann