Agentes Populares
MST realiza curso de Saúde e Agroecologia para assentados e acampados em São Paulo
Por Coletivo de Comunicação do MST em São Paulo
Da Página do MST
Durante os dias 18 e 22 de agosto, o MST de São Paulo realizou formação voltada para o tema da saúde no campo, tendo como base os princípios da Agroecologia e como público participante militantes assentados(as) e acampados(as) do estado. A atividade foi promovida em parceria com a Fiocruz e aconteceu em Campina do Monte Alegre, interior do estado.
O curso estadual de formação de “Agentes Populares de Saúde do Campo: por Agroecologia, Soberania e Saúde Pública” contou com um programa que compreendeu debates teóricos sobre o tema da saúde popular e oficinas práticas de manuseio e beneficiamento de plantas medicinais. Com isso, resultou na preparação de militantes para atuarem no fortalecimento dos coletivos de saúde nos assentamentos e acampamentos espalhados pelo estado de São Paulo.
Para Sabrina Leite, da direção estadual do setor de Saúde em São Paulo, o curso foi bastante importante por rediscutir o papel da saúde no Movimento. “Tivemos essa parte da oficina prática para ensinar a manipulação, desde a secagem até o processamento dessas plantas para fazer óleos essenciais, tinturas e pomadas. E também tivemos a parte onde foi discutido qual é a concepção de saúde para o Movimento Sem Terra, porque a concepção de saúde dentro do Movimento é bastante ampla. A intenção é que agora tudo que foi aprendido através desse curso seja compartilhado nas áreas, favorecendo a estruturação dos coletivos de saúde.”
O curso ainda abrangeu debates sobre os desafios da Reforma Agrária Popular, questão ambiental, saúde mental, Sistema Único de Saúde (SUS) e políticas públicas em saúde, atividades estas mescladas com intervenções de arte e cultura. Ele tem o método itinerante e deverá acontecer em novas etapas até o próximo ano, com indicação do próximo encontro para o mês de outubro no Pontal do Paranapanema.
“Foi um momento significativo para todos, com vários temas muito importantes que a gente pode debater. Porque a saúde é um tema que a gente chama de intersetorialidade, que é o método do nosso Movimento sobre as pautas e tarefas onde vários setores da nossa organicidade se envolvem. E essa formação ela aconteceu em ciclos, é permanente. Começou aqui em Campina do Monte Alegre e vai terminar em 2024, passando por outras regionais e cidades”, destacou Elza Silva, também da direção estadual do setor de Saúde em São Paulo.
*Editado por Solange Engelmann