Agrobiodiversidade
1ª Jornada Sebastião Pinheiro para Agrobiodiversidade e sementes crioulas, no DF
Por Rafael Bastos* e Camila Maria**
Da Página do MST
O auditório Cora Coralina, na Faculdade UNB de Planaltina- FUP, recebe esta semana o evento que faz parte da 1ª Jornada Sebastião Pinheiro e do programa de pós-Graduação Residência CTS.
A primeira edição da Jornada surge com objetivo de implementar uma ação permanente e aglutinadora de articulações, em torno da proposta de Agricultura Camponesa agroecológica baseada, em territórios livres de transgênicos e sem agrotóxicos.
A produção de sementes crioulas através da implementação de corredores agroecológicos é uma dimensão da reforma agrária popular, com objetivo de proporcionar maior autonomia às famílias assentadas, frente ao contexto de agricultura convencional criminoso que assedia e mata. Visto que a maioria das áreas na região são áreas de proteção de mananciais – APM e áreas de proteção permanentes – APP, manejadas de forma criminosa com uso indiscriminado de agrotóxicos contaminando, o solo, água e ceifando a vida.
O desenvolvimento da jornada acontece em parceria com as comunidades, possibilitando com a prática, o compartilhamento de saberes. Refletir a partir de casos concretos é a orientação metodológica que tem permitido reflexões sobre o processo de construir e compreender os sistemas de produção agrícola dentro de uma perspectiva da agricultura familiar camponesa agroecológica.
O Movimento Camponês Popular (MCP) tem investido na seleção, produção, melhoramento genético, beneficiamento e comercialização de sementes e de derivados de milho livre de transgênicos com o apoio do Governo Lula através de programas de comercialização institucionais geridos pela Companhia Nacional de Abastecimento – Conab.
O resultado já é visível na integração e organização do processo de fortalecimento da produção e circulação de sementes crioulas, essenciais na agroecologia. A organização popular tem reafirmado a importância dos grupos de guardiões e guardiãs da biodiversidade para a produção de um futuro sustentável.
Haverá entrega de sementes, que serão direcionadas às áreas de reforma agrária popular na Região Integrada de Desenvolvimento do DF, cujas famílias se comprometem a cultivar e compartilhar as sementes. Serão convidadas famílias do assentamento Oziel Alves III, acampamento Dom Tomás Balduíno e outras áreas da região, de diferentes movimentos do campo agrário popular.
O evento começará às 9h50 com mística de abertura e terá encerramento ás 12h
Convidados para diálogos antes da entrega das sementes ás famílias
INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento
MCP – Movimento Camponês Popular
MST – Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra
Frente Parlamentar em Defesa da Reforma Agrária e da Agricultura Familiar da CLDF
Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida
Laboratório de Pesquisa Multiusuários para Cooperativismo de Plataforma Digital e Tecnociência Solidária.
*Rafael Bastos é do Setor de Formação DF e Entorno
**Camila Maria é da direção estadual de Comunicação e Juventude de Goiás
*** Editado por Fernanda Alcântara