Sacolão Popular
MST inaugura Sacolão Popular em SP e promete ações mensais para população em situação de rua
Por Lucas Weber
Do Brasil de Fato
Neste sábado (24), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) inaugurou o Sacolão Popular Irmão Pedro Betancur, localizado no bairro Belenzinho, zona leste da capital paulista. O espaço é uma parceria do MST com a Pastoral Povo da Rua, liderada pelo padre Julio Lancellotti, e pretende ser uma alternativa de venda de alimentos agroecológicos a preços populares.
“A ideia original é nós fazermos dezenas de espaços como este, principalmente em lugares mais distantes do centro da cidade de São Paulo e também do interior. Para vincular a produção dos assentamentos, pequenos agricultores, quilombolas, indígenas com o combate à fome, à miséria e à desnutrição”, explica Gilmar Mauro, membro da coordenação nacional do MST.
Segundo Mauro, um diferencial do espaço será a realização mensal de “banquetaços” para a população em situação de rua. “Não basta só entregar a marmita para alguém comer no meio fio, a gente quer sentar na mesa para resgatar a ideia de dignidade.”
Além das ações de solidariedade, o público no geral poderá comprar os itens ofertados no Sacolão “a preço de custo”, argumenta o dirigente.
Irmão Pedro Betancur
O nome faz referência a um santo guatemalteco “que distribuía comida aos pobres, e era um santo leigo, por isso a homenagem”, explica Mauro.
Pedro Betancur foi um missionário nascido nas Ilhas Canárias, território espanhol, que foi fundador da primeira ordem religiosa das Américas e dedicou a vida à atenção às pessoas mais pobres no século 17. Ele criou um projeto de saúde e educação para o povo da região da Guatemala, na época sob domínio colonial espanhol. Ofereceu educação gratuita a crianças e adultos, sem distinção de origem ou cor da pele. Foi reconhecido mais tarde como santo pela igreja católica.
O Sacolão Popular já vai funcionar normalmente a partir da segunda-feira (26). Ele está localizado na rua Siqueira Cardoso, 297, no Belenzinho.
*Editado por Nicolau Soares e Maria Silva