Ocupar para Alimentar
Em Jornada de Luta, MST cria mais um acampamento na Zona da Mata Mineira
Por Setor de Comunicação MST em MG
Da Página do MST
Na semana em que se comemora o Dia Internacional do Trabalhador e Trabalhadora, o MST abre mais um acampamento na fazenda Confraria, no território na zona da mata mineira e exige do estado o cumprimento da Reforma Agrária Popular. O acampamento tem como objetivo acolher as mais de 250 famílias já cadastradas previamente pelo Movimento, mas também todos aqueles e aquelas que atualmente se encontram em situação de insegurança alimentar e vulnerabilidade social na região, e que anseiam produzir comida de verdade e melhor qualidade de vida.
O Movimento reafirma seu posicionamento ao seguir ocupando terras para que se cumpra a reforma agrária, o que é previsto na constituição. “Seguiremos ocupando terras para que o povo não passe fome, seguiremos em luta enquanto existir povo sem terra e terra sem povo, não recuaremos da decisão de lutar pelo direito à vida, de produzir comida e ter dignidade, só em Juiz de Fora os números de desalentados são alarmantes, são mais de 20 mil pessoas que não sabem que vão comer amanhã”. afirma Carol Rodrigues, da direção do MST.
Resultado de um projeto de desmonte de políticas públicas que perdura desde o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma (PT), as famílias não conseguem se sustentar e são obrigadas pelo estado a viver em condições consideradas insalubres perante a sociedade.
Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o número de famílias em extrema pobreza só em Juiz de Fora teve uma crescente de mais de 25%, no curto período de um ano, atualmente 26.832 famílias sobrevivem com renda mensal de R$105,00, o que equivale quase o valor médio do gás de cozinha segundo a Petrobrás.
Diante de tal situação, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra reafirma: A única solução para combater a fome no Brasil é a Reforma Agrária.
*Editado por Fernanda Alcântara