Educação no campo
Educação do campo: aula inaugural na UFS reforça compromisso com a formação de educadores populares
A UFS realizou a aula inaugural do curso de Licenciatura em Educação do Campo, vinculada ao PARFOR EQUIDADE, visando a formação de professores comprometidos com a realidade das escolas do campo.

Por Luiz Fernando
Nesta quinta-feira (07), a Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizou a aula inaugural do curso de Licenciatura em Educação do Campo, iniciativa vinculada ao Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR EQUIDADE). O evento reuniu estudantes, professores e representantes de movimentos populares, reafirmando a importância da formação de educadores comprometidos com a realidade das escolas do campo.
A mesa de abertura contou com a presença do Vice-Reitor da UFS, Prof. Dr. Rosalvo Ferreira Santos, da chefe do Departamento de Educação, Maria José Soares, da Profª Sueli (PROEX-UFS), da Profª Silvana Bretas (Departamento de Educação) e da Profª Ivinis (Departamento de Química/Campus Itabaiana), local onde funcionará a turma Quilombola. Representando os movimentos sociais, estiveram presentes Paula Meire, do Movimento Quilombola, e Antônio Luiz, do Conselho Sergipano de Pessoas com Deficiência.

Acácia Daniel, do setor de educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), também compôs a mesa e destacou a relevância da licenciatura para fortalecer a educação do campo como um direito e uma estratégia de resistência dos povos que vivem e produzem na terra. “A formação de professores que compreendam e valorizem a realidade do campo é essencial para garantir que as escolas sejam espaços de luta e emancipação”, ressaltou.
O curso, que faz parte de uma política nacional voltada à formação de professores indígenas, quilombolas e camponeses, é um passo importante na construção de um ensino que respeite as especificidades do campo. A Licenciatura em Educação do Campo na UFS se estrutura a partir da Pedagogia da Alternância, metodologia que intercala períodos de formação na universidade e nas comunidades, permitindo que os futuros educadores se qualifiquem sem precisar romper com seus territórios.

A iniciativa do PARFOR EQUIDADE reforça a necessidade de fortalecer políticas públicas que garantam a permanência e valorização dos professores do campo, além de integrar o ensino superior às lutas populares pela educação e pela terra. O MST reafirma seu compromisso na defesa de uma educação que sirva ao povo e na construção de espaços acadêmicos que dialoguem com os movimentos sociais e com a realidade das comunidades camponesas.