Jornada nacional de luta dos trabalhadores rurais

De 20 a 25 de maio, as famílias trabalhadoras rurais do MST realizam Jornada de Luta dos Rurais. A atividade representa um espaço contra o modelo econômico do governo FHC, que marginaliza a agricultura, levando miséria ao campo. “Temos que construir um projeto popular para a agricultura brasileira, com Reforma Agrária, distribuição da renda e da riqueza e políticas agrícolas para os trabalhadores do campo”, avalia Esmeraldo Leal, da Direção Nacional do MST.

Durante a jornada, mais de 6 mil famílias em 13 estados estão realizando atividades como acampamentos, marchas, caminhadas e ações relacionadas com a Campanha Nacional contra a Alca (Área de Livre Comércio das Américas). A Alca é um dos símbolos do modelo econômico vigente e é por isso que os sem terra lutam contra a instalação da mesma.

Em Alagoas, por exemplo, as famílias trabalhadoras rurais estão realizando um ato contra a Alca. Nos dias seguintes realizarão um curso de formação sobre o tema. Em Minas Gerais, @s sem terra estão distribuindo o jornal da campanha contra a Alca.

E em Rondônia, @s cerca de 150 trabalhador@s que estão acampados na Praça Aluízio Ferreira realizaram estudo sobre a Alca na parte da manhã. Na parte da tarde eles vão para os colégios e casas para explicar a população o que vai acontecer com o país, caso o Brasil aceite a Alca e os transgênicos. Um Encontro de Formação sobre o tema também esta acontecendo no Pará, com 1000 participantes;

Juntamente com o MST, em alguns estados, estão participando da jornada também o MAB, o MPA, a CPT, o MMA e o Cimi. É o caso de Goiás, Paraíba, Santa Catarina e Mato Grosso.

Em Goías e Sergipe as famílias também montaram acampamentos nas capitais. No Mato Grosso, a mobilização acontece em frente ao Incra e à Prefeitura municipal de Mirassol do Oeste.

As famílias trabalhadoras rurais da Paraíba estão marchando rumo a cidade de Campina Grande, partindo do Parque do Povo seguindo até a Estação Velha. Após o percurso, os trabalhadores entregarão um documento ao Ministério Público sobre a situação dos atingidos pela Barragem de Acauã e em seguida uma “visita” à secretaria do Estado para exigir uma audiência com o governador para discutirem pontos da pauta estadual.

Há ainda atividades no Rio de Janeiro e Paraná. Não recebemos até o momento informações dos seguintes estados: BA, CE, DF, ES, MA, PE, PI e RS.