Tráfico de armas e milícias rurais no Rio Grande do Sul

O Deputado Adão Pretto apresentou, em 24 de abril, uma indicação ao Ministério da Justiça sugerindo a abertura de um inquérito através da Polícia Federal para apurar as informações dadas pela imprensa do RS, referente à apreensão de armas de guerra na cidade de Bagé, localizada na fronteiro do Estado do Rio Grande do Sul.

A imprensa gaúcha e mais especificamente o Jornal Zero Hora fez publicar em sua editoria de Polícia em 16 de abril, uma matéria intitulada “Achadas armas de guerra em Bagé”, que entre outras informações, dá conta de que uma operação policial realizada no Estado, “desarticulou uma quadrilha suspeita de tráfico de armas”. E segue: “os agentes localizaram R$ 209 mil em notas falsificadas e um arsenal composto por dezenas de armas, entre fuzis, metralhadoras, pistolas, revólveres e cerca de 15 mil cartuchos”.

O referido jornal ainda informa que “a principal linha de investigação aponta para a venda fragmentada do arsenal. Um dos presos afirmou que as armas eram revendidas a pessoas da região, entre elas produtores rurais temerosos de invasões”. Estas informações foram aprofundadas na edição de 17 de abril.

Tais informações, no entendimento do Deputado, encontram respaldo nos fatos, uma vez que tem acompanhado pela mesma imprensa a intensa movimentação de ruralistas e seus empregados naquele Município, desfilando armas de grosso calibre visando intimidar os trabalhadores rurais.

Considerando todas estas questões, ” é que entendemos de fundamental importância que o Ministério da Justiça , através da Polícia Federal abra inquérito sobre as possíveis ligações entre o tráfico de armas que se verifica na fronteira do Estado do Rio Grande do Sul, especialmente em Bagé e a formação das milícias rurais anunciadas publicamente pelos ruralistas daquele Estado”, diz Adão Pretto.