Manifestação de trabalhadoras do campo e da cidade em Aracajú – SE

Na próxima segunda-feira, 8 de março, acontece em Aracaju mobilização pelo Dia Internacional da Mulher. Será realizada uma caminhada pelas principais ruas da capital, a partir das 9 horas, reunindo trabalhadoras do campo e da cidade (a concentração será ás 8h30min, na praça Santa Isabel – Centro). Em seguida, ocorre ato público na praça General Valadão.

Para Ângela Melo, vice-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o 8 de Março reforça a luta pela construção de um país justo e soberano. “É um dia de mobilização das mulheres trabalhadoras contra todas as formas de discriminação e exploração”, avalia.

A opinião é compartilhada por Acácia Feitosa Daniel, da direção estadual do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). “Estamos nessa luta por acreditar que uma sociedade justa e igualitária só será construída com a participação de homens e mulheres do campo e da cidade”, defende.

A mobilização é organizada pela Coordenação dos Movimentos Sociais em Sergipe, que reúne CUT (sindicatos filiados), MST, Fetase, CMP, Pastorais Sociais, Conal, DCE/UFS, DCE/UNIT, Movimento Negro, entre outros.

História de luta
O 8 de Março foi criado em 1910, no Primeiro Congresso Internacional das Mulheres, realizado em Copenhague, Dinamarca, por sugestão da militante socialista Clara Zetkin. Ela homenageou as operárias que trabalhavam numa fábrica em Nova Iorque, Estados Unidos, e participaram da primeira greve conduzida somente por mulheres, na luta contra as péssimas condições de trabalho e os baixos salários.

Elas reivindicavam redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas diárias e igualdade salarial com os homens. Os patrões não atenderam as exigências. Trancaram e mandaram incendiar a fábrica ocupada por 129 operárias, provocando a morte de todas as grevistas. A data: 8 de março de 1857.

Após o Primeiro Congresso Internacional das Mulheres, o 8 de Março passou a ser um dia de luta internacional.