Ajudem a salvar o Brasil de Fato

Caros amigos e amigas do MST,

Durante todo ano de 2002, um conjunto de intelectuais, artistas e jornalistas somaram-se aos movimentos sociais brasileiros, com o objetivo de construir um novo jornal que ajudasse a veicular informações não divulgadas ou noticiadas de forma deturpada pela mídia tradicional. O novo jornal também teria a missão de contribuir para a formação da militância social e da opinião pública em geral.

Assim nasceu o Brasil de Fato. Ele foi lançado numa festa magnífica, com a presença de mais de 7 mil militantes sociais, no auditório Araújo Viana, em janeiro de 2003, durante o III Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. Para tocar o jornal, montamos uma briosa equipe de jornalistas, repórteres e correspondentes comprometidos com o projeto. E fomos à luta.

Sobrevivemos, nos últimos dezoito meses, graças a uma grande disposição de transpor os obstáculos que qualquer veículo de imprensa independente enfrenta, incluindo boicotes de todo o tipo. Apesar de tudo, resistimos! Nesses meses, o jornal tem saído todas as semanas, religiosamente.

Mas chegamos ao nosso limite. Em termos bem simples e claros: precisamos do seu apoio e contribuição, ou teremos que fechar as portas. A concentração do poder econômico (incluindo o poder econômico dos anunciantes, de viabilizar ou não uma publicação), o preço do papel e os custos de produção do jornal inviabilizam a sua existência, se não for sustentada pelos assinantes. Essa tem sido a história da imprensa independente e de esquerda no Brasil.

Por isso, estamos fazendo esse alerta. O Brasil de Fato, embora elogiado por todos, tanto por sua linguagem quanto pelos acertos de sua linha editorial – de que muito nos orgulhamos -, precisa URGENTEMENTE aumentar as assinaturas e os anunciantes para sobreviver. Assim, apelamos para sua consciência e compromisso pessoal.

Propomos que você faça JÁ a sua assinatura. E se já tiver, consiga mais uma assinatura com um(a) amigo(a). Se você for vinculado(a) a algum sindicato ou movimento, coloque na pauta da diretoria, para que a instituição faça assinaturas coletivas.

Para anunciar no Brasil de Fato, ligue para a secretaria – (11) 2131- 0815 – e informe-se sobre os valores e as formas de pagamento.

Contamos com seu apoio. Ou melhor: a única alternativa que nos resta é o seu apoio.
Atenciosamente

João Pedro Stedile – pelo Conselho Político
José Arbex Jr. – pelo Conselho Editorial
Nilton Viana – editor, pela Redação

Acompanhem o jornal Brasil de Fato pela internet acessando www.brasildefato.com.br

Breves

Vozes da Terra discute o trabalho e a geração de emprego com a Reforma Agrária

Nova edição do programa especial de rádio do MST debate a atual conjuntura de desemprego e a importância da Reforma Agrária na criação de postos de trabalho. O Vozes da Terra está disponível no sítio do MST (www.mst.org.br). Para cadastrar sua rádio, envie uma mensagem para [email protected] com assunto “cadastro Vozes”.

Setor de Produção do MST avança na formação de trabalhadores rurais em Alagoas

Tiveram início, em 16 e 17 de agosto, no assentamento Dom Hélder Câmara, os seminários do Setor de Produção de Alagoas. Há cinco anos, o ciclo de formação contribui para a capacitação das trabalhadoras e trabalhadores rurais e impulsiona projetos como o Banco de Sementes e as 15 novas agroindústrias do estado. Os cursos atingem toda a área de atuação do MST, que organiza no estado, 42 assentamentos com 3.843 famílias e 52 acampamentos, onde vivem 5.785 famílias. As principais produções das comunidades são mandioca, hortaliças e grãos em geral.

Trabalhadores são despejados, pela terceira vez, de fazenda em Pernambuco

Na madrugada desta sexta-feira (20), cerca de 50 policiais militares e civis e seguranças do proprietário da fazenda Rancharia despejaram, sem mandado judicial, as 60 famílias acampadas na área, no município de Petrolândia, Pernambuco. Os policiais derrubaram os barracos e prenderam seis trabalhadores, que foram levados para o batalhão da polícia militar local e depois liberados. A fazenda tem 780 hectares, sendo que 500 ha. pertencem à Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), do governo federal, e 280 hectares são do proprietário Manoel Fortunato. O Incra ainda não fez vistoria na área.

Cartas

Parabenizamos os companheiros e companheiras do MST e continuamos apoiando a luta pela terra e educação para os carentes do meio rural. Aladelso Dutra Vieira

Com muita fé e força de vontade vocês chegaram aos seus objetivos! Luta e garra são os dilemas e os lemas do Movimento. Grande abraço e fiquem com Deus! Polyana Brandão

O povo do MST só pensa em provocar confusões e agitações. Deixem de ser perdulários com a terra dos outros e procurem trabalhar. Marcos Gola