Dia do trabalhador será de luta em todo o país

Em comemoração ao Dia Internacional do Trabalhador, as centrais sindicais e, em alguns estados, em parceria com os movimentos sociais, estão organizando atos políticos e culturais em todo o Brasil, defendendo a mudança da política econômica, a geração de trabalho, a distribuição de renda e a Reforma Agrária.

Entre as atividades marcadas para o dia, na capital paulista, acontecerá, às 10 horas, um ato político contra o desemprego e pela Reforma Agrária, na Praça da Sé. Em seguida, os manifestantes sairão em caminhada pelas principais avenidas do centro da cidade.

A CUT pretende reunir mais de 500 mil pessoas na Av. Paulista, com a perspectiva da presença do presidente Lula.

No Rio Grande do Sul, a mobilização reunirá trabalhadores da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, que acontecerá no Parque Internacional, que separa o município gaúcho de Santana do Livramento com Rivera, no Uruguai.

Em São Luís, Maranhão, será realizada a Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras, pela dignidade, emprego e pela Reforma Agrária. As atividades estão sendo organizadas pela CUT e sindicatos filiados, MST, Comunidades da Área Itaqui Bacanga, Comissão Pastoral da Terra, Sociedade de Direitos Humanos e outras entidades locais.

Ato político no Rio Grande Norte reunirá trabalhadores urbanos e rurais. As atividades começam em 30 de abril, às 19 horas, com debate na cidade de Mossoró, RN que contará com a presença do membro da coordenação de MST de Pernambuco, Jaime Amorim, para discutir a conjuntura nacional. Para o dia 1º, estão previstas outras atividades político-culturais nos municípios de Cidade Esperança, Mossoró e São José de Campestre, que fica a 130 km de Natal, a chamada região do Trairi, predominantemente de agricultura familiar.

Além destas estão previstas lutas pelo emprego em todo o ano. Na plenária nacional da CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), em 11 e 12 de fevereiro deste ano, foi lançada a Campanha Nacional pelo Direito ao Trabalho e esta bandeira de luta histórica foi escolhida como eixo de união dos diversos movimentos sociais.

O desemprego

De acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) de 2003, o desemprego bateu recorde em regiões metropolitanas do país, atingindo a marca de 20%. Com isso, houve queda na renda do trabalhador em 12,5%, segundo o IBGE. Entre os jovens, por exemplo, mais de 30% não conseguem emprego.

Atualmente no Brasil, mesmo a população empregada não tem seus direitos de trabalho garantidos. São 40 milhões de pessoas sem carteira assinada e excluídas do sistema previdenciário, ou seja, sem perspectiva de aposentadoria.