Pesquisadores da Reforma Agrária participam da CPMI da Terra

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que analisa a questão fundiária, ouviu, em 20 de maio de 2004, os coordenadores da pesquisa que gerou o livro “Impactos dos Assentamentos: um estudo sobre o meio rural brasileiro”, lançado recentemente pelo NEAD (Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural).

O convite aos pesquisadores Sérgio Leite, Leonilde Medeiros, Rosângela Cintrão e Moacir Palmeira, partiu do relator da CPMI, deputado João Alfredo (PT/CE), no dia 27 de abril, e foi acatada por unanimidade.

No depoimento, os pesquisadores mostraram dados que descreveram um panorama positivo dos resultados da Reforma Agrária nos assentamentos rurais, objetos da pesquisa.

Sérgio Leite destacou dados que apontam que 80% das pessoas assentadas avaliam favoravelmente as mudanças decorrentes do processo de assentamento no que se refere à moradia e às condições de vida. Quanto às condições de trabalho, disse ele, os agricultores também são quase unânimes em afirmar que “deixaram de ser escravos ou cativos”.

O especialista lembrou ainda que, de acordo com dados fornecidos pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o país possui 28 milhões de hectares de terras improdutivas e, portanto, apropriadas para a Reforma Agrária.