Mobilizações em mais dois municípios somam-se à greve de fome no RS

O terceiro dia do jejum por Reforma Agrária no Rio Grande do Sul teve início com a adesão de trabalhadores rurais outros dois municípios. Em Carazinho, 15 camponeses organizados pelo MST e o MPA (Movimento de Pequenos Agricultores) fizeram greve de fome na Praça Municipal, em frente à Prefeitura. Em Santa Maria, o jejum reúne mais 10 trabalhadores rurais.

Em Pelotas e Porto Alegre, onde a manifestação começou em 15 de junho, houve a substituição dos jejuantes, após 48 horas sem alimentação. Os trabalhadores, rurais e urbanos, permanecerão em greve de fome em cada um dos municípios por mais 48 horas, quando um novo grupo os substituirá e assim sucessivamente até que se inicie o assentamento de famílias Sem Terra no estado.

Há 32 dias, os governos federal e estadual comprometeram-se, em acordo firmado no Fórum de Carazinho, em iniciar a aquisição de áreas e o assentamento de famílias Sem Terras no estado. Para isso, já estão disponíveis 30 milhões de reais. No entanto, o prazo firmado se encerrou e nenhuma família foi assentada no Rio Grande do Sul. Nos últimos dezoito meses, apenas 53 famílias receberam a posse de terras em dois novos assentamentos. É o pior índice dos últimos 15 anos.