Movimentos sociais do Equador querem plebiscito sobre livre-comércio

Com Agência Carta Maior

Representantes de organizações sociais, indígenas e sindicais do Equador decidiram iniciar em 1º de outubro a coleta de um milhão de assinaturas para pressionar o governo a convocar uma consulta popular sobre o Tratado de Livre-Comércio (TLC) com os Estados Unidos.

Eduardo Delgado, representante da “Grande aliança social e produtiva contra o TLC”, informou sexta passada (17) que buscará o apoio de toda a população para a coleta de assinaturas, a ser feita em escolas, organizações sociais, praças e ruas.

Para Napoleón Saltos, da Coordenadoria de Movimentos Sociais, as organizações lutam contra o tempo, pois as negociações do TLC entre Equador e Estados Unidos serão concluídas em cinco meses. “Temos de coletar um milhão de assinaturas até janeiro e, para isso, contamos com a participação ativa dos membros de todas as organizações”, disse Saltos. Segundo ele, começará também uma campanha de informação e de discussão sobre o TLC.

Leonidas Iza, presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), disse que o apoio ao TLC seria “um entreguismo ao governo norte-americano e um atentado à dignidade e soberania dos equatorianos”.