Governo brasileiro deve retomar negociações para criar a Alca

Fonte Agência Notícias do Planalto

O Brasil dará mais atenção à proposta de criação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) para dar nova energia ao processo.

A afirmação é do ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que está esta semana na França discutindo a abertura do comércio mundial com autoridades de diversos países.

A expectativa dos Estados Unidos era de que a Alca entrasse em vigor este ano. Mas a negociação foi sendo adiada pelo Brasil por causa da atuação de alguns governos da América Latina e às constantes mobilizações de setores da sociedade contrários à assinatura do acordo.

Organizações e movimentos sociais alegam que o livre comércio desejado pelos Estados Unidos não beneficia os brasileiros como um todo, mas um pequeno grupo de empresários nacionais e internacionais com condições de competir no mercado internacional.

É que com a Alca, como o comércio será liberado, ou seja, sem taxas de importação e exportação, as pequenas e médias empresas nacionais terão dificuldade em competir com a concorrência mundial.

Hoje, quando o produtor estrangeiro chega ao país, é obrigado a pagar um taxa, o que eleva o preço de seu produto e protege a indústria nacional, que vende mais barato a mercadoria.

O “Não à Alca” é, inclusive, uma das reivindicações que o MST vai entregar ao governo quando a Marcha Nacional pela Reforma Agrária chegar a Brasília no próximo dia 17.