MST encena peça e debate cultura na capital paulista

Hoje os militantes-artistas do MST que participam da Teia – mostra da diversidade cultural brasileira
organizada pelo Ministério da Cultura – vão mostrar ao público o seu teatro, além de participar de debates sobre produção e acesso à cultura no país.

A Teia acontece entre 5 e 9 de abril, das 10h às 22h , no Pavilhão da Bienal de São Paulo, nos auditórios do Museu de Arte Moderna (MAM) e do Museu de Arte Contemporânea (MAC), no Parque do Ibirapuera, e no Sesc Vila Mariana. Cerca de 80 mil pessoas devem participar das atividades.

Pela manhã, às 10h00, no auditório do MAM, onze Sem Terra que integram a brigada de Teatro Patativa do Assaré, do interior de São Paulo, encenam a peça “Posseiros e Fazendeiros”, uma adaptação do texto “Horácios e Curiácios”, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht.

Logo após a apresentação, no mesmo local, acontece o debate “Cultura e política em perspectiva histórica: de 1960 aos dias atuais”, com as participações de Douglas Estevam, do coletivo de cultura do MST, e de Iná
Camargo Costa, integrante do movimento Arte Contra a Barbárie, professora e pesquisadora de teatro. A idéia do encontro é analisar as relações entre a produção cultural dos CPCs (Centros Populares de Cultura, da UNE, que atuaram junto às ligas camponesas), e o processo de organização política e social
dos Pontos de Cultura.

Às 14h30, no Sesc Vila Mariana, o MST integra a discussão sobre organização social e produção da cultura. Evelaine Martines, da coordenação dos Pontos de Cultura do Movimento, integra a mesa ao lado do professor de economia da Universidade Nacional de General Sarmiento, de Buenos Aires, José Luís Coraggio, e da diretora do Museu da Pessoa, Karen Worcman. A mediação será feita por Rosana Paulo da Cunha, gerente de ação cultural do Sesc São Paulo.

As atividades do dia terminam com um painel sobre democratização do acesso à cultura e comunicação, às 19h30, no auditório do MAM. Estarão presentes José Arbex Jr, jornalista e escritor, Ravael Litvin, do coletivo nacional de cultura do MST, e Cristiane Gomes, editora do Jornal Sem Terra. No encontro, serão discutidas as possibilidades de democratização da cultura e dos meios de comunicação a partir de experiências protagonizadas pelo Movimento.