Marcha contra a violência e a impunidade no campo chega em Atalaia

Desde terça-feira (18/04) a Marcha contra a Violência e a Impunidade no Campo caminhou com cerca de 5 mil trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra por Alagoas. A mobilização, que reúne MST, MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade), MLST (Movimento pela Libertação dos Sem Terra), MMC (Movimento de Mulheres Camponesas) e CPT (Comissão Pastoral da Terra), seguiu para foco de conflito agrário do estado, o município de Atalaia. Em novembro do ano passado, Jaelson Melquíades, um dos integrantes da coordenação do MST, foi assassinado no Assentamento Canudos. Desde então, diversas lideranças e trabalhadores rurais estão ameaçados de morte.

Na noite de ontem, a marcha fez a última parada do dia município de Pilar. Na chegada, a população do município foi às ruas receber os Sem Terra, com um sentimento de curiosidade e admiração pelo grau de organização da marcha.

Na manhã de hoje, a mobilização chegou a Atalaia e uma vigília foi feita em frente ao Fórum. Na parte da tarde, um ato público foi realizado no centro com o objetivo de despertar o poder público para a crescente onda de violência na região da mata norte de Alagoas, assim como cobrar a punição dos mandantes e executores de assassinatos envolvendo lideranças e trabalhadores rurais.

Reações

Após a audiência com o governo do estado na segunda-feira, o delegado responsável pelo caso do assassinato do dirigente Jaelson Melquíades, anunciou que pediria a prisão preventiva de um suspeito envolvido com o ex-prefeito de Atalaia, também proprietário de terra.

Além disso, o juiz do município pediu ao estado reforço de mais 200 policiais para receber a marcha.