Mobilização é reprimida com violência na Colômbia

Fonte ANUCUR/ Minga Informativa

Na Colômbia, as mobilizações de povos indígenas e camponeses, que ocorrem desde 15 de maio, estão sendo fortemente reprimidas pela força pública nacional. A violência contra os atos, que acontecem nos estados de Cauca, Nariño, Valle e Meta, teve como resultado mais de 100 pessoas feridas, 30 desaparecidos e o assassinato do líder indígena Pedro Coscue. Os manifestantes protestam contra a assinatura do Tratado de Livre Comércio, a reeleição do atual presidente Álvaro Uribe e em defesa da soberania nacional. Eles estão reunidos em uma Cúpula Itinerante discutindo as necessidades, demandas e propostas para um desenvolvimento soberano e alternativo ao neoliberalismo, que foram construídas coletivamente durante muitos anos.

Para dissolver as mobilizações, os militares utilizam a via aérea, lançando gases lacrimogêneos e aterrorizando a população. As autoridades civis do país justificam o uso da força por uma suposta infiltração da guerrilha, o que comprova o total desconhecimento da grave situação social que vivem milhares de camponeses, indígenas e afro-descendentes. Estas populações estão ainda mais ameaçadas diante da assinatura do Tratado de Livre Comércio entre a Colômbia e os Estados Unidos, o que deixaria os povos colombianos sem nenhum tipo de proteção na economia, no território e no modo de vida.

Estes povos se organizaram diversas vezes para expressar o rechaço à assinatura do TLC e não foram atendidos pelo atual governo, sem vontade de dialogar com os setores populares. Diante disso, a Associação Nacional de Usuários Camponeses Unidade e Reconstrução (ANUCUR) exige que as autoridades civis e militares:

* Respeitem o direito constitucional de livre expressão e mobilização;

* Cessem a brutal repressão realizada pela força pública;

* Garantam a vida e a segurança de maneira integral às comunidades que se mobilizam nas diferentes regiões nesta Cúpula Social;

* Instalem uma mesa de diálogo entre autoridades competendes e representantes das comunidades;

* Atendam às demandas do população mobilizada;

Convocamos as organizações sociais e de direitos humanos nacionais e internacionais a se pronunciar, denunciar e acompanhar esta mobilização dos povos camponeses, indígenas e afrodescendentes por uma vida digna, em defesa de seus territórios, cultura, autonomia e soberania nacional.

Enviem cartas a:

Dr. Álvaro Uribe Vélez,
Presidencia de la República
Cra. 8 No.7-26, Palacio de Nariño,
Bogotá, D.C.,
Fax: (+57 1) 566.20.71
E-mail: [email protected]

Dr. Jorge Alberto Uribe
Ministerio de Defensa Nacional
El Dorado con Carrera. 52 CAN,
Bogotá, D.C.
Fax: (+57 1)222.18.74
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]

Dr. Edgardo José Maya Villazón
Procuraduría General de la Nación
Carrera 5 No. 15-80
Bogotá, D.C.
Fax: (+57 1)342.97.23
E-mail: [email protected], [email protected]

Dr. Carlos Franco
Programa Presidencial de Derechos Humanos y de Derecho
Internacional Humanitario
Calle 7 No. 5-54
TEL: (+571) 336.03.11
FAX: (+57 1) 337.46.67
E- mail: [email protected], [email protected]

Dra. Carmen Rosa Villa
Oficina en Colombia del Alto Comisionado de Naciones
Unidas para los Derechos Humanos
Calle 114 No. 9- 45 Torre B Oficina 1101. Edificio
Teleport Bussines Park.
Bogotá, D.C.
Teléfono PBX (57-1) 629 3636
Fax (57-1) 629 3637
E-mail: [email protected]