Mulheres assentadas produzem pães para merenda escolar

Por Raquel Maria Zolnier

As mulheres Assentamento Rio Leão, conhecido também como 8 de Julho, em Laranjeiras do Sul (PR), encontraram uma forma de complementar a renda agrícola produzindo pães.

Cerca de 207 pães, de meio quilo cada, são feito por semana e vendidos para o município, que utiliza na merenda escolar. As assentadas conseguiram uma panificadora com apoio da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Cidadania. A máquina fica na sede da associação, dentro do assentamento.

Os pães são produzidos pelas mulheres do assentamento, que recebem R$18,00 por dia de trabalho. A maioria da matéria-prima utilizada é produzida pela 74 famílias do assentamento Rio do Leão.

Atualmente os pães são feitos duas vezes por semana, mas os planos são de ampliar a produção, com bolachas do tipo caseiro e macarrão. “Recebemos uma máquina que permite a fabricação de bolachas e macarrão e apresentamos um projeto para a compra direta da prefeitura”, diz o presidente da associação, Ivo de Amorim.

A panificadora conta com três fornos, dois cilindros, duas batedeiras, a máquina para macarrão e bolacha, 90 formas pequenas e nove grandes. A renda para a comunidade, descontado o pagamento das mulheres, é de R$450 líqüidos.

“Se produzirmos bolacha e macarrão, poderemos aumentar o número de mulheres trabalhando na panificadora”, diz Ivo. A preocupação da associação é de também fazer uma rotatividade das mulheres, para que nenhuma se desvincule do lote. “Aqui é uma renda extra, como elas teriam se fizessem artesanato ou produtos caseiros”, destaca.

Além dos pães que são distribuídos na merenda escolar de Laranjeiras do Sul, as mulheres fabricam cucas e pães para festas ou sob encomenda. “Fazemos pães de diversos sabores, como cenoura, abóbora e cucas de farofa, creme ou coco”, diz Denise de Amorim, que coordena o trabalho das mulheres. Eli Tosatti, 55 anos, e Clécia Terezinha Missel Kutzke, 42 anos, dizem que trabalham sempre que podem no fabrico de pães. “É muito bom e rende um dinheiro extra”, conta Eli, assentada há nove anos no Rio do Leão.