No Mato Grosso do Sul, Sem Terra fazem mobilizações em sete municípios

No Mato Grosso do Sul, centenas de trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra participam de mobilização contra o atual modelo econômico e o agronegócio. Na segunda-feira (22/05), mais de 300 Sem Terra acampados e assentados fizeram uma grande marcha pelas ruas de Campo Grande, capital do estado, em direção ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), onde aconteceu um ato de reivindicação pelo cumprimento da pauta de reivindicações.

Em Ponta Porã, fronteira com o Paraguai, cerca de 500 trabalhadores e trabalhadoras rurais ocuparam o Banco do Brasil e a Empresa Energética do Mato Grosso Do Sul (Enersul). Em Itaquiraí, 450 Sem Terra ocuparam uma agência do Banco do Brasil, assim como em Rio Brilhante, onde 150 pessoas participaram da mobilização. Já em Coxim, cerca de 100 famílias acampadas bloquearam a rodovia BR 163 e entregaram panfletos com as reivindicações.

Ontem, 200 pessoas do acampamento Carlos Marighela ocuparam a rodovia federal BR 262, que liga Campo Grande a Três Lagoas. As 800 famílias pertencentes ao acampamento 17 de Abril, localizado em Nova Andradina (MS), também fizeram mobilização na rodovia federal BR 267, que liga o Mato Grosso do Sul a São Paulo.

Em todas as manifestações, foram entregue panfletos com a pauta de reivindicações. Entre os pontos estão o cumprimento das metas do Plano Nacional de Reforma Agrária e a atualização dos índices de produtividade. “Exigimos que o governo federal adote políticas que priorizem a agricultura familiar, pois é ela que produz 80% dos alimentos que vai para a mesa dos brasileiros e brasileiras. Denunciamos a ação do agronegócio, que destrói o meio ambiente, visando somente o lucro com as exportações de monocultura”, diz o texto.