Em São Paulo, população protesta contra os ataques de Israel

Os comerciantes paulistas da região do Brás fecharão por uma hora suas lojas em protesto contra as agressões do governo de Israel ao Líbano e Palestina. O ato acontece amanhã entre 13h30 e 14h30. Nesse período, centenas de manifestantes farão uma caminhada pelas ruas do bairro. Nas portas dos estabelecimentos, os comerciantes vão colocar um cartaz com os dizeres “Fechado por luto – Pelo fim imediato do massacre aos povos do Líbano e da Palestina pelo governo de Israel”.

A iniciativa do ato é do Comitê de Solidariedade aos Povos Árabes, que conta com a participação do MST, da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e de representantes das comunidades palestina e libanesa de São Paulo, além de outros movimentos sociais, sindicatos, parlamentares, movimentos de direitos humanos e partidos políticos de esquerda.

Segundo o Comitê, a investida do governo de Israel contra o Líbano, iniciada em 12 de julho, já destruiu toda a infra-estrutura do país, fez milhares de vítimas e deixou 25% da população desabrigada e exilada.

Os movimentos já realizaram um ato na capital paulista em 21 de julho. Mais de duas mil pessoas se reuniram na Praça da Sé e exigiram o cessar-fogo imediato e incondicional de Israel e a reconstrução do Líbano e da Palestina. “As manifestações visam chamar a atenção das autoridades nacionais para a tragédia na região e pressioná-las a tomar atitudes concretas contra as agressões e em favor da paz”, afirma a nota do Comitê.

As organizações e entidades reivindicam que o governo brasileiro se oponha publicamente aos ataques, não assine o Tratado de Livre Comércio em discussão entre Israel e Mercosul e retire o embaixador do Brasil em Israel imediatamente, como forma de protesto.

Na próxima semana, os comerciantes do Brás fecham novamente suas lojas na quinta-feira (03/08), e para o domingo (06/08), está programada uma passeata.