Guaranis e Tupiniquim fazem campanha por demarcação de terras

Em 20 de agosto, a Funai (Fundação Nacional do Índio) entregará o relatório final sobre os 18 mil hectares de terras indígenas sob posse da empresa Aracruz Celulose no norte do Espírito Santo. Nas décadas de 1960 e 1970, a companhia começou a utilizar a área para plantação industrial de eucalipto e expulsou os povos Tupiniquim e Guarani do local. No documento da Funai, os antropólogos constatam que a terra pertence aos povos originais.

Na mesma época, a Aracruz também entrou nas terras de mais de 10 mil quilombolas e camponeses que viviam como posseiros no estado.

Há dez anos, os indígenas retomaram a mobilização para recuperar as terras e no ano passado, a área foi ocupada. Em 20 de janeiro deste ano, a Aracruz Celulose mobilizou helicópteros, bombas, armas, tratores e 120 agentes da Polícia Federal, para destruir duas aldeias e expulsar 50 pessoas.

Depois do despejo violento, o ministro da Justiça, Marcio Thomas Bastos, se comprometeu a assinar a portaria delimitando a área assim que recebesse o processo com os documentos.

Para garantir a demarcação das terras, os indígenas iniciaram uma campanha de envio de correios eletrônicos ao ministro Marcio Thomas Bastos. Para participar, escreva para: [email protected]