Articulação contra deserto verde é criada no Rio Grande do Sul

Por Luiz Renato Almeida
Fonte Agência Chasque

Cerca de 35 entidades e movimentos sociais assinaram uma declaração para criar, no Rio Grande do Sul, a Articulação Estadual contra o Deserto Verde. A criação dessa articulação ocorreu ontem, durante o seminário “Deserto Verde: impactos da monocultura de eucalipto para os povos”, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O objetivo é reunir forças e discutir formas de resistência ao avanço das indústrias de celulose no Estado. Na opinião dos movimentos sociais, a monocultura de eucalipto vai gerar graves problemas ambientais, como escassez de água e destruição da fertilidade do solo, além de expulsar do campo pequenos agricultores, indígenas e quilombolas. Isaura Conte, integrante do Movimento das Mulheres Camponesas, explica que as ações da Articulação contra o Deserto Verde ainda serão discutidas.

“O que nós temos é ser uma tentativa de junção de forças contra o deserto verde. Não temos ainda claro o que vai ser, como vai ser, mas vamos juntar o máximo de forças populares, organismos sociais, estudantes, enfim, todo mundo que venha a se somar nesta luta contra o deserto verde”, afirma.

Participam da articulação movimentos como a Via Campesina e a Marcha Mundial de Mulheres, entidades sindicais como a Federação dos Metalúrgicos, a Federação dos Sapateiros e Federação dos Trabalhadores em Indústrias de Alimentação, além de entidades ambientalistas e estudantis. A primeira reunião ocorrerá no dia 1 de setembro, no Diretório Central dos Estudantes da UFRGS.