Aumento do mínimo ajuda no crescimento econômico do país, diz coordenador do Dieese

Por Danilo Augusto
Fonte Agência Notícias do Planato

Diante da reivindicação de aumentar o salário mínimo CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de outras seis centrais sindicais, de aumentar o salário mínimo para R$ 420, órgãos do governo afirmam que este reajuste afetará negativamente as pequenas e médias empresas e prejudicará as contas públicas.

Mas segundo o coordenador de estudos e desenvolvimento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Ademir Figueiredo, é preciso analisar que o aumento do salário significa melhores condições de vida para o trabalhador e que contribui positivamente na economia do país.

“Uma coisa que não é explicada é o quanto isso significa em novas arrecadações, e quanto do salário mínimo vem contribuindo para manutenção da atividade econômica, arrecadação de outros impostos, geração de novos postos de trabalho. O salário mínimo tem um efeito dinâmico na economia e por outro lado, contribui nos impostos de consumo e na própria contribuição da Previdência Social”, afirma.

Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Lúcio, os problemas previdenciários são devido à má gestão e sonegações fiscais de empresas. Ele afirma ainda que no Brasil, aproximadamente 30 milhões de pessoas não recolhem tributos. Na semana passada o Dieese entregou um relatório onde consta que se o salário for reajustado, aumentará o poder de compra dos brasileiros em mais de duas cestas básicas por mês e significa um aumento de pouco mais de R$ 14 bilhões de gastos por ano para o governo.