Crescimento econômico e social pode começar pelo campo, diz pesquisador
Por Gisele Barbieri
Agência Notícias do Plabalto
O campo rural é um importante meio para incentivar o crescimento econômico do país. De acordo com a recente publicação “Arquitetura da Exclusão 2006”, lançada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), o Brasil rural comporta uma diversidade de ambientes, sistemas agrários, etnias, entre outras. Essa diversidade segundo o Ibase demonstra que o espaço rural brasileiro é plural e heterogêneo.
Porém, para que as políticas públicas desenvolvidas no meio rural possam auxiliar no crescimento econômico e social são necessárias ações bem mais abrangentes que o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), avaliado como um dos poucos recursos de financiamento e oportunidade do trabalhador do campo.
Para Luciano Cerqueira, cientista político e pesquisador do Ibase, os recursos deste programa estão ficando nas mesmas áreas. “Se a gente investe mais no campo, fazendo até com que mais pessoas fiquem no campo, gerando trabalho e riqueza, nós teríamos um crescimento muito mais rápido. Nós vemos que mesmo com o aumento de recursos do Pronaf , isto não tem gerado uma melhora substancial no programa., porque este volume todo de dinheiro não está se desconcentrando, tem ficado em certas áreas e em certas áreas produtivas. Além disto em torno de 60% deste dinheiro está sendo investido só em milho e soja.”
De acordo com Cerqueira, o crescimento econômico no campo melhoraria com a diversificação de plantios. “Não está acontecendo uma diversificação da produção agrícola. Este é um outro ponto que pode ajudar muito no desenvolvimento do Brasil. Tem que ser repensado a forma de como o meio rural irá se desenvolver, mas quando for pensar esta nova forma, nós não podemos deixar do alcance , a questão de que mesmo que se dê terra para estas pessoas, você precisa dar recursos para que estas pessoas possam plantar e agências bancárias, porque as pessoas vão precisar para fazer seus empréstimos.”
