No Maranhão, Sem Terra fazem ato público e ocupação de terras

Movimentos sociais de diversas áreas realizaram na tarde de terça-feira, 17, um grande ato de protesto e em memória aos dezenoves trabalhadores assassinados em Eldorado dos Carajás em abril de 1996. O ato foi realizado na capital maranhense com participação de Diretórios Centrais estudantis da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e do Centro de Educação Tecnológica (Cefet), da Associação dos Professores da UFMA (Apruma), do Movimento Hip Hop, partidos políticos e sindicatos.

Os manifestantes fizeram passeata e panfletagem pelas principais ruas da cidade e um ato público na Praça João Lisboa, no centro. No local os militantes do MST realizaram uma mística que emocionou os manifestantes. À noite no auditório do Sindicato dos Bancários foi realizado o debate sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as reformas neoliberais do governo Lula.

O debate faz parte de uma série de atividades que serão organizadas até o dia 19, quando será lembrado o primeiro mês do assassinato do repentista Gero, espancado até a morte por policiais militares. Além do MST também participaram da organização das atividades, os militantes do Conlutas.

Ocupação

Ainda na terça-feira, dia 17, os trabalhadores rurais Sem Terra ocuparam a Fazenda São Benedito, localizada no município de Newton Belo. Cerca de 350 famílias participaram da ocupação. A fazenda tem 2,7 mil hectares de terras improdutivas. A área pertence ao fazendeiro conhecido como Guimarães.

O clima na região é tenso. Pistoleiros contratados por fazendeiros e até mesmo policiais civis costumam ameaçar trabalhadores e lideranças do MST na região. O MST exige a desapropriação imediata das terras.