Trabalhadores protestam em estradas em São Paulo

Os trabalhadores rurais do MST participam de protestos organizados por diversas entidades e movimentos sociais em quatro grandes regiões do estado de São Paulo, na manhã de hoje, 23. Houve fechamento de rodovias em Campinas e em Santos. No Vale do Paraíba, trabalhadores da GM, Phillips, Embraer e Petrobras fazem paralisação e em Mauá, na grande SP, houve panfletagem em fábricas pela manhã.

Em Campinas, os trabalhadores do campo e da cidade interromperam as rodovias Campinas-Monte Mor e Campinas-Paulínia pela manhã. Logo depois, fecharam um trecho da rodovia Anhanguera, no km 330. As fábricas da Honda, Replan e Toyota estão paralisadas e integraram os protestos. No centro da cidade, os estudantes fazem um ato.

A tropa de choque acompanha os manifestantes que neste momento, marcham até o centro da cidade. Além do MST, participam da mobilização o Sindicato dos Metalúrgicos, estudantes e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil.

No Vale do Paraíba, GM, Phillips e Embraer pararam pela manhã. Todos os setores da Petrobrás permanecem paralisados. Os trabalhadores estão neste momento na via Dutra, altura do km 137, interrompendo um lado da rodovia.

Em Santos, as mobilizações contam com o MST, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Sindicato dos Petroleiros e Sindicato dos Bancários. Pela manhã, o entroncamento das rodovias Anchieta e Imigrantes foi fechado, bloqueando o acesso ao pólo industrial e ao porto.

O acesso ao pólo petroquímico, na rodovia Piaçaguera-Guarujá, também foi trancado. Por volta das 9h30, os trabalhadores que estavam na Anchieta saíram da rodovia depois que a Polícia Militar se recusou a negociar a permanência dos manifestantes no local, ameaçando o grupo com bombas de gás.

Em Mauá, na grande SP, houve panfletagem em fábricas pela manhã. Neste momento, os trabalhadores distribuem manifestos em escolas, postos de saúde e estações de trem.

Em São Bernardo do Campo e em Sertãozinho, aconteceu ato público em frente a agência do INSS. Em Ribeirão Preto, a Universidade de São Paulo está parada. Em Franca, houve manifestação de trabalhadores.

As ações fazem parte da Jornada Nacional unificada por mudanças na política econômica, contra as reformas liberais da legislação trabalhista e previdenciária e em defesa de uma reforma agrária anti-latifundiária.

As mobilizações do conjunto de entidades acontecem em todo o país com o objetivo de denunciar os problemas do povo brasileiro e colocar na pauta a mudança da política econômica, emprego, valorização do salário mínimo, educação e Reforma Agrária.