Bumba-meu-boi fará parte dos festejos do 5° Congresso do MST

A caravana maranhense, composta de 500 delegados, já está pronta para se deslocar para a capital do país. Eles prometem levar muita animação, e de quebra, mostrar para os 17,5 mil participantes do 5° Congresso, um pouco da cultura maranhense e de outros estados no norte do Brasil.

Para isso haverá durante o Congresso a instalação “Casa Amazônia”, que será instalada no acampamento pelos estados do Pará, Tocantins e do Maranhão. Os trabalhadores Sem Terra do Maranhão levam ao Congresso as principais manifestações culturais do estado, como Bumba-meu-boi e o Tambor de Crioula, ambas manifestações singulares da cultura maranhense.

O Bumba-meu-Boi é uma dança do folclore popular brasileiro, com personagens humanos, animais e fantásticos, que gira em torno da morte e ressurreição de um boi. Hoje em dia é muito popular e conhecida. Ela foi originada ainda no século XVIII, das divergências e do relacionamento entre os escravos e os senhores nas Casas Grandes e Senzalas. Refletia as condições sociais de negros e índios. No Maranhão, o Bumba-meu-boi delimita um universo rico e pujante, que mistura lazer, trabalho, compromissos, festas, artes, ritos, mitos, performances, crenças e devoção. Em linhas gerais, consiste na brincadeira que faz dançar, cantar e tocar, em volta de uma carcaça de boi bailante, um agregado de pessoas que se tratam por brincantes.

Já o Tambor de Crioula é uma dança afro-brasileira praticada, sobretudo, por descendentes de africanos. É encontrada tipicamente no estado do Maranhão. A principal característica coreográfica da dança é a formação de um círculo com solistas dançando alternadamente no centro. Um de seus traços distintivos é a Punga ou Pungada, (a umbigada). A música que acompanha a dança é tocada por três tambores de madeira com couro preso por cravelhas em uma das extremidades e fixados por fricção. Os tambores são afunilados e escavados.

Além de alegrarem o Congresso do MST essas manifestações típicas maranhenses também devem se tornar em junho, Patrimônio Cultural do Brasil. Na “Casa Amazônia”, montado no Congresso haverá ainda outras apresentações culturais dos estados do Pará e Tocantins.