Metroviários fazem greve por divisão dos lucros em SP

Vinicius Mansur,
Radioagência NP

Os trabalhadores do Metrô de São Paulo (SP) declararam greve por tempo indeterminado para reivindicar uma divisão igualitária do pagamento da Participação nos Resultados (PR). A paralisação teve início na madrugada desta quinta-feira, dia 2, porque os metroviários não aceitam a proposta da direção do Metrô que privilegia os cargos de chefia, que têm os maiores salários. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Paulo Pasim, a empresa está desprezando seus funcionários.

“Eles dizem que é uma filosofia do Governo Serra de premiar aqueles que têm maior responsabilidade na obtenção do resultado. É uma visão extremamente elitista e que beneficia só os grandes salários da empresa. Nós achamos que não. Achamos que tanto um agente de estação, um bilheteiro, um ajudante de manutenção e um segurança contribuem para que o sistema funcione bem. E a população respeita muito o trabalho dos metroviários de maneira igual”.

Na proposta do Metrô, a PR deste ano seria uma folha de pagamento, paga de forma proporcional aos salários. Assim, as chefias – aproximadamente 500 pessoas – receberiam em torno de oito mil reais cada uma, enquanto os demais trabalhadores, que somam sete mil pessoas, receberiam cerca de R$ 2,7 mil. O Sindicato dos Metroviários quer que o pagamento da PR seja de uma folha e meia e que este valor seja dividido igualmente entre todos, se isto acontecer, os salários seriam de aproximadamente R$ 4,7 mil para cada um.

Os metroviários esperam receber uma nova proposta da empresa ainda nesta quinta-feira, durante uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da capital paulista.