Cursos de agroecologia reúne 120 lavradores em SP

As aulas do curso médio integrado ao técnico em agroecologia nas regiões Sudoeste e Pontal do Paranapanema, extremo oeste de São Paulo, começam nesta segunda-feira. Já aconteceram aulas magnas nos dias 16 e 17 de agosto.

A idéia do curso nasceu a partir de experiências agroecológicas feitas nos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária. Houve o entendimento de que essas experiências deveriam ser compartilhadas com os demais espaços e o curso seria uma forma de difundir e potencializar essas técnicas.

Estrutura

As turmas são formadas por 60 educandos, vindos dos acampamentos e assentamentos do MST. Há também filhos de pequenos agricultores e quilombolas. O curso tem duração de três anos, divididos em 6 etapas de 50 dias.

No Pontal do Paranapanema, o curso conta com 40 educandos da região e 20 da região de Andradina. As aulas acontecem na escola técnica do Centro Paula Souza, em Presidente Prudente.

Já na região Sudoeste, as aulas acontecem na Escola Estadual de Agroecologia Laudenor de Souza, em Itaberá. Os educandos vêm das regiões de Campinas, Sorocaba, Itapeva, grande SP e Vale do Ribeira.

Os cursos são fruto de um convênio entre o Incra e a Unicamp. A certificação será feita pelo Cutuca, o Colégio Técnico da Unicamp. O Centro Paula Souza, o Instituto de Pesquisas Ecológicas, a Prefeitura Municipal de Teodoro Sampaio e o Parque Estadual do Morro do Diabo também são parceiros na realização dos cursos.

Experiências

Novas técnicas de produção agroecológica vêm sendo desenvolvidas nos acampamentos e assentamentos do MST. Na região do Pontal, o destaque é para a produção de sementes crioulas. Na região sudoeste, há produção de biofertilizante a partir de urina de vaca, hortas medicinais e produção de gás natural com esterco de porco.