Em Minas, movimentos acampam em frente a reitoria

Dentro das atividades da jornada nacional de lutas em defesa da educação, 200 integrantes de movimentos sociais do campo e da cidade, além de representantes de entidades estudantis, começaram a montar acampamento em frente à reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais, na manhã desta segunda-feira (20).

Os manifestantes têm audiência marcada hoje pela tarde com o reitor da UFMG, o professor Ronaldo Tadêu Pena, para quem vão apresentar os 18 pontos da plataforma unificada da jornada. Eles pretendem permanecer no local até quinta-feira. O protesto é pacífico e não pretende obstruir as atividades acadêmicas ou impedir o funcionamento do campus

“Estamos aqui com dois blocos de reivindicação. De um lato, a plataforma nacional, baseada nos 18 pontos que dão unidade à jornada. De outro, de caráter local, ligados à comunidade estudantil da universidade”, esclarece o integrante do coletivo de juventude do MST, Alexandre Chumbinho.

Na reunião com o reitor, os manifestantes vão pedir o fim da perseguição ao movimento estudantil na universidade e a abertura do diálogo em relação ao processo de expansão de vagas e políticas afirmativas, estabelecendo o debate entre com os três setores e os movimentos sociais.

Com o acampamento, os movimentos sociais e estudantis pretendem “chamar a atenção do povo” sobre os gargalos da educação no país e reivindicam, por exemplo, o aumento do investimento público em educação para 7% do Produto Interno Bruto (PIB). Atualmente, o investimento está em torno de 3,5%, um dos menores da América Latina.

A convocatória conjunta, apresentada abaixo, denuncia que a maioria da população, principalmente os pobres, não tem acesso à universidade. Apenas 11% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos conseguem vaga no ensino superior.

A reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais fica na Av. Antônio Carlos, 6627, na Pampulha, em Belo Horizonte (MG).