Sobreviventes do Massacre de Corumbiara estão em Brasília

Um grupo de sobreviventes do Massacre de Corumbiara (1995) está em Brasília para tentar falar com autoridades sobre os 12 anos de martírio, sofrimento e tortura do qual estão sendo vítimas. Há quem ainda tenha a bala alojada no corpo. Outros, que foram torturados pela polícia, nunca tiveram tratamento médico adequado.

Leia abaixo nota da Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos (AbranDH)

Indenização, reparação? nunca o Estado brasileiro levou isso à frente. Ao contrário, continuam sendo marginalizados e culpabilizados. Os mais fracos sofrem, os poderosos confabulam e riem.

Agora, eles (as) estão em frente ao Congresso Nacional, acampados(as). Mas lá não têm comida, cobertores, nem água e banheiros. De madrugada a polícia militar do Distrito Federal passa com carros fazendo barulho e com cirenes ligadas. Isso para não deixá-los dormir.

A PM fustiga o tempo todo. Diz que não podem armar barracas nem ficar no local… é bom lembrar que fazendeiros podiam. Pedimos que movimentos sociais, CUT, MST, CNBB e outras entidades se mobilizem e apóiem os/as trabalhadores/as e ajudem a reduzir sua dor. A luta é por justiça e direitos humanos.

É necessário intervir junto ao Governo do Distrito Federal para que deixem de fustigar os/as brasileiros/as que estão ali reivindicando justiça. É necessário solicitar que a Secretaria Geral da Presidência da República providencie água, alimentação e banheiros (há rubrica orçamentária só para isso!). As autoridades precisam ser incentivadas a receber o movimento. A PFDC e Ministério Público deve acampar ali com eles/as e ouvi-los e encaminhar suas reivindicações.