Em Pernambuco, mobilização na capital e no sertão

Milhares de pessoas participaram da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Educação Pública em Pernambuco. Na quarta-feira, dia 22, mais de 1,5 mil pessoas, entre estudantes e trabalhadores do campo e da cidade, participaram do ato público no Recife. Após percorrerem as ruas do centro da cidade, os manifestantes, através da comissão política do ato, entregaram ao governo do Estado o documento contendo as reivindicações da jornada, além de outras pautas específicas sobre a educação no Estado.

Os representantes do governo se comprometeram a articular reuniões com os reitores das universidades públicas, a Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU), além das Secretarias de Ciência e Tecnologia e Educação do Estado.

No mesmo dia houve grande mobilização no sertão de Pernambuco. Em Petrolina, estudantes universitários e secundaristas organizaram uma passeata em favor do Passe Livre, da construção do terminal integrado de passageiros e da autonomia da universidade de Pernambuco (UPE). Com o tema “Educação não se improvisa, se investe”, cerca de 600 manifestantes saíram às ruas no município.

Ocupações

Na quinta-feira, dia 23, ocorreram várias ocupações no interior do Estado. Os Estudantes da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), também no município de Petrolina, ocuparam a reitoria da Instituição com o objetivo de exigir melhorias em seu programa de assistência estudantil. Já o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ocupou as Gerências Regionais de Educação (GEREs) dos municípios de Floresta, Petrolina e Vitória de Santo Antão. Os trabalhadores exigiram a garantia da escolarização de jovens e adultos na região, o apoio à realização do 10° Encontro dos Sem Terrinhas, além do suporte legal para viabilizar as primeiras experiências de escolas itinerantes em acampamentos da Reforma Agrária no Estado – que deverão ser implementadas nesses municípios.

No caso de Petrolina, alem dessas pautas reivindicatórias, o MST também cobrou a agilidade na construção da escola do Assentamento Catalunha, localizado no Sertão pernambucano. Ainda no dia 23, cerca de 600 trabalhadores Rurais do MST ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no município, com o objetivo de exigir rapidez na realização dos projetos conveniados com o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária, o Pronera.