FAO se encontra em crise sem precedentes, diz relatório

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) deve ser reformada ou “definhará”, segundo adverte um relatório independente divulgado no dia 23 de agosto. A FAO, com sede em Roma, deve encarar seus orçamentos decrescentes, a falta de transparência e as prioridades pouco claras, acrescentou o relatório, o primeiro estudo independente realizado ao longo dos 60 anos da entidade.

O documento de 395 páginas, iniciado há 18 meses e publicado na última quarta-feira na página eletrônica da FAO, disse que o organismo sofre ineficiências administrativas e fracassos de gerência e que a confiança na entidade é a menor de todos os organismos da ONU.

“A FAO experimenta uma grave crise, que piorou paulatinamente nas últimas duas décadas e que neste momento coloca em perigo o futuro da organização”, indicou o relatório. “Caso não adotar mudanças importantes, sua trajetória atual a levará a um definhamento, ainda que seja improvável que feche completamente suas portas”.

Desde 1994-95, os recursos totais disponíveis pela organização baixaram 18%, acrescentou. A avaliação criticou, além disso, a gerência antiquada da FAO. Contudo, o relatório não sugeriu o fechamento da FAO. “Se a FAO desaparecesse amanhã, deveria ser reivindicada”, disse o relatório. “O desafio consiste em reinventá-la antes que passe a ser insignificante”.

Fonte: Reportagem Jornal Clarín (24/08/2007) – Tradução: Cepat