MST participa de Marcha Internacional Contra o Aquecimento Global

No dia 14 de julho, representantes de diversos paises saíram de Belfast, na Irlanda do Norte, para a mais longa marcha de protesto da história do Reino Unido. A Cut The Carbon March – uma marcha internacional contra o aquecimento global e pela redução de dióxido de carbono na atmosfera. A marcha é organizada pela entidade inglesa Christian Aid e vai atravessar o Reino Unido, percorrendo 1600 km em 80 dias.

Marchantes do Brasil, El Salvador, Kenya, Congo, Tajiquistao, India, Bangladesh, Mali, Burquina Faso, Africa do Sul, Filipinas e de todo o Reino Unido, partiram da Irlanda do Norte, atravessaram a Escócia e o País de Gales e estão seguindo para Londres.

“Os maiores emissores de carbono, uma das principais causas das mudanças climáticas e do crescente aquecimento global, são os países do primeiro mundo. O Reino Unido tem emitido dióxido de carbono na atmosfera desde a Revolução Industrial. Por outro lado, os que mais sofrem os efeitos das mudanças climáticas são os povos dos paises pobres, os menos responsáveis por emissões de carbono. Os países ricos devem assumir a responsabilidade pela destruição ambiental causada pelo modelo de desenvolvimento promovido por eles”, diz a representante do MST, Cássia Bechara.

Os camponeses, Sem Terra e comunidades tradicionais rurais tem sido os principais afetados pelas mudanças climáticas, pois o aumento das secas e crescentes enchentes tem causado perda de lavouras e muitas vezes de terras. As populações do campo são também as mais afetadas pelas ditas “alternativas” que tem sido apresentadas para a redução das emissões de carbono. Entre as quais os agrocombustíveis, que aumentam a concentração de terra, a crise alimentar, a exploração de trabalhadores, os conflitos no campo e a degradação ambiental.

A Cut The Carbon March faz parte da campanha da Christian Aid contra as mudanças climáticas. A marcha terminara no dia 2 de outubro, com um ato em frente à Bolsa de Valores de Londres.