MST entrega pauta nacional de reivindicações a ministro

Na tarde desta terça-feira, dia 25, trabalhadores Sem Terra reúnem-se com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e com o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, para entregar a pauta de reivindicações relativas à realização da Reforma Agrária no país. A audiência acontece às 17h30 MDA, em Brasília.

Entre os pontos, estão a revisão e atualização imediata dos índices de produtividade para fins de desapropriação, o assentamento imediato de todas as famílias acampadas nos estados, e um cronograma, a ser apresentado pelo Incra, com o número de famílias a serem assentadas por estado e quais instrumentos serão utilizados. Além disso, cobram a garantia do fornecimento de alimentação para todas as famílias acampadas, melhoria das condições dos acampamentos, a criação de um programa de Agroindustrialização nos Assentamentos, além de assistência técnica e habitação para os assentamentos.

Jornada de lutas

Os protestos, que acontecem desde ontem, dia 24, em todo o país, pretendem denunciar que a Reforma Agrária está parada e salientar que os trabalhadores e trabalhadoras rurais sofrem com o aumento da concentração de terras, com o avanço do agronegócio no Brasil.

O MST defende um modelo agrícola baseado nas pequenas propriedades para a produção de alimentos e geração de empregos. Dessa maneira, reivindica o assentamento imediato das 150 mil famílias que permanecem acampadas. Além de promover a desconcentração da terra, movimentaria a economia gerando 750 mil empregos diretos e outros inúmeros indiretos.

O MST denuncia também a compra de terra por empresas estrangeiras, que vão apenas desenvolver um modelo de produção atrasado, baseado na monocultura, na destruição do meio ambiente e na exploração do trabalhador.

Os Sem Terra defendem um modelo de Reforma Agrária que dê condições reais ao trabalhador de produzir alimentos saudáveis para a população, a partir da viabilização de crédito para infra-estrutura, moradia digna, assistência técnica, educação e saúde.