MAB faz mobilização na Barragem de Machadinho

Cerca de 400 pessoas atingidas pela Usina Hidrelétrica de Machadinho iniciaram, na manhã de hoje (11/3), uma manifestação na entrada da usina, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A ação faz parte da Jornada de lutas do 14 de março – dia internacional de lutas contra as barragens.

Os agricultores e agricultoras reivindicam a solução de problemas acarretados pela construção da usina que são: questões de infraestrutura comunitárias, solução para problemas ambientais, melhora na qualidade de energia, diminuição da tarifa de energia elétrica e questões de desenvolvimento regional.

Segundo Edson Bitencourt, da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), ao contrário do que afirmam as empresas e o governo, as barragens não desenvolvem as regiões e sim expulsam pessoas das terras e impedem o fortalecimento da economia local. Bitencourt afirma que, se de fato houvesse preocupação com o desenvolvimento da região, o recurso utilizado na construção da obra, cerca de 1,2 bilhões de reais, (grande parte financiado pelo BNDES) poderia ser investido na população da região e não em empresas estrangeiras.

A Usina Hidrelética de Machadinho é de propriedade do consórcio Maesa, formado por grandes grupos econômicos, na sua maioria estrangeiros: Votorantim (33,10%), Alcoa (25,75%), Tractebel Suez (19,25%), Vale (8,50%), Camargo Correia (5,25%). Por ano, estas empresas têm um faturamento R$ 550 milhões com a venda da energia elétrica.

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