Universidade das Mães da Praça de Maio é saqueada

Na madrugada de domingo (11/05) desconhecidos arrombaram e destruíram várias dependências da Casa das Mães e da Universidade Popular Mães da Praça de Maio, em Buenos Aires, na Argentina. Muitas coisas foram detruídas. Também foram vasculhados o escritório da Universidade, a Casa das Mães, o escritório de Hebe Bonafini e as dependências administrativas.

Para o movimento das Mães da Praça de Maio, “a modalidade de ação demonstra que se tratou de uma indiscutível tentativa de amedrontamento e ameaça contra as Mães”.

Várias horas depois de acontecido o fato, Hebe Bonafini, integrante da coordenação do movimento, fez a leitura política do episódio repudiável. “Acredito que isto está claro. Falaram para minha filha ‘estamos retornando e vamos acabar com a tua mãe e com você’. E isto é o que está acontecendo. Porque entraram na Casa das Madres, em Prensa de Madres e no local da Universidade. Quebraram tudo, abriram as gavetas, violaram as fechaduras, romperam as portas, vasculharam tudo e não levaram nada. Só uns trocados que eu tinha no escritório, uma sacolinha onde guardo o lenço com o que vou todas as quintas-feiras na Plaza, uma caderneta com endereços, muito poucas, e mais nada. Inclusive, no escritório administrativa, nem sequer levaram os cheques para pagar para o pessoal do rádio, e os deixaram jogados no chão. Eles estão em atividade. Eu digo que o governo nos está oferecendo de tudo, oferecem segurança, oferecem custódia, mas a melhor maneira de nos cuidar é que os ministros, os secretários, a polícia investiguem e descubram quem foi capaz de fazer isto, de outro jeito, não adianta”, pontuou.