Via Campesina apresenta propostas para o desenvolvimento do campo

Nesta quarta-feira, às 14h, integrantes da Via Campesina Brasil concedem coletiva de imprensa em Brasília sobre a jornada de lutas que denuncia os problemas causados pela atuação das grandes empresas no país – especialmente as estrangeiras – que são beneficiadas pelo modelo do agronegócio e pela política econômica neoliberal.

Na ocasião, será apresentado um documento com propostas consideradas estruturantes para o desenvolvimento do campo brasileiro, que assegurem infra-estrutura e produção de alimentos sadios e incentivem as agroindústrias cooperativadas, preservando a biodiversidade.

Participam da entrevista coletiva porta-vozes de entidades que integram a Via Campesina Brasil, entre elas o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), CIMI (Conselho Indigenista Missionário), MMC (Movimento de Mulheres Camponesas), CPT (Comissão Pastoral da Terra), MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) e PJR (Pastoral da Juventude Rural).

A entrevista coletiva acontece na sala de reuniões do CIMI, no Conic (Setor de Diversões Sul, sala 208, 2º andar).

Mobilizações

Nesta semana, trabalhadores rurais da Via Campesina Brasil e urbanos da Assembléia Popular denunciam em todo o país a especulação das empresas transnacionais e do capital financeiro, que impõem a monocultura de cana e eucalipto e causam a crise do preço dos alimentos.

No nordeste, organizações populare protestam contra a transposição do Rio São Francisco, que beneficiará apenas os latifundiários do agronegócio. O projeto do governo mostra que a destinação da água é de 4% para a população rural, 26% para o meio urbano e 70% para o agronegócio.