CNTBio libera experimentos com eucaliptos transgênicos

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) liberou, recentemente, 12 experimentos de campo com variedades transgênicas de eucalipto. Essa é a última etapa da pesquisa antes do pedido de uso comercial.

A expectativa dos empresas papeleiras é que o Brasil tenha eucalipto transgênico liberado para a exploração do mercado em até três anos. A produção das árvores geneticamente modificadas intenciona maior aproveitamento da exploração do eucalipto, aumentando da quantidade de celulose e reduzindo a de lignina, substância que dificulta a extração de celulose do eucalipto comum.

A lignina atua como cola entre as fibras vegetais e precisa ser removida para garantir a qualidade do produto final. A remoção envolve processos químicos, elevado consumo de energia e ainda gera perdas de celulose.

Estimulando uma catástrofe ambiental

Símbolo da “revolução verde” pregada pelas empresas ligadas ao capital financeiro, a produção de eucalipto nada tem de evoluída ou sutentável. Esse tipo de monocultura resseca os mananciais hídricos e destrói os biomas de onde é implementado, prejudicando também outros tipos de produção agrícola. Além disso, volume de água consumido por uma área de produção da árvore é enorme. Um único pé de eucalipto consome 30 litros de água por dia para crescer e depois se tornar papel.

O setor da celulose também não gera tantos empregos, como anunciado pelas empresas pepeleiras. Um levantamento da organização Cepedes (Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia), mostra que a monocultura de eucalipto gera um único emprego a cada 185 hectares.