Movimentos do Rio de Janeiro também fazem ato

Mais uma manifestação de organizações sindicais e movimentos populares pela defesa da democracia na Bolívia e contra os ataques da oligarquia boliviana, que tenta desestabilizar o governo e derrubar o presidente Evo Morales. O ato em solidariedade ao povo boliviano será realizado nesta sexta-feira (19/9), às 16h, no Consulado da Bolívia do Rio de Janeiro.

“Condenamos firmemente os setores oposicionistas bolivianos que vêm se utilizando da violência contra comunidades indígenas e camponesas, destruindo bens estatais, sabotando a economia nacional e as riquezas naturais, fechando fronteiras, inclusive com o nosso país, e fomentando uma guerra civil”, diz manifesto das entidades que convocam o ato.

As entidades que convocam o ato são Casa da América Latina, MST, Morena – Círculos Bolivárianos, CMP (Central de Movimentos Populares), Intersindical, Associação Nossa América Rio, Associação Cultural José Marti, PSOL, PCB, PT, Esquerda Marxista, Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino, Campanha Tirem as Mãos da Venezuela, Assembléia Popular, Oposição Luta Fenaje, União Comunista, Sindicato dos Médicos RJ, Conam, Fam Rio, CECAC, Jubileu Sul, PACS, Refundação Comunista, União da Juventude Comunista, Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes.

Depois da intensificação de atos de desrespeito ao governo de La Paz e de ameaças físicas ao presidente Evo, os oposicionistas passaram à guerra aberta contra o Estado boliviano na semana passada. Foram atacados, destruídos e roubados pelos golpistas escritórios do governo federal, que ainda estão ocupados, e saqueados feiras e mercados populares de indígenas. A escalada de violência da oposição deixou pelo menos 30 pessoas mortas por grupos armados.

“Conclamamos os povos, autoridades e instituições brasileiras e dos demais países latino-americanos a prestarem solidariedade ao povo boliviano, condenarem qualquer intento golpista ou separatista e a respaldarem o governo legitimamente constituído”, conclui o manifesto.

O Consulado da Bolívia no Rio de Janeiro fica na Av. Rui Barbosa, 664 – ap. 101.

Abaixo, leia o manifesto das entidades, que será entregue na atividade.

Solidariedade ao povo boliviano

As organizações políticas e sociais que firmam o presente manifesto dirigem-se aos povos irmãos e instituições da América Latina em geral e do Brasil e da Bolívia, em particular, no sentido de hipotecar solidariedade ao Presidente Evo Morales e ao processo de mudanças democráticas e culturais em curso na Bolívia, diante da radicalização dos conflitos políticos e sociais no país, provocada por setores oposicionistas que não respeitam a vontade majoritária do povo boliviano.

É preciso lembrar que o Presidente boliviano foi eleito legítima e democraticamente, assim como a Assembléia Nacional Constituinte – que já cumpriu sua tarefa de elaborar uma proposta de nova constituição – também foi criada e eleita pela vontade soberana do voto popular. Ressalte-se que o governo boliviano se conduz estritamente nos marcos legais e democráticos e procura fazer com que os recursos naturais do país estejam a serviço do conjunto da população.

O mandato do Presidente foi inclusive confirmado recentemente por mais de dois terços dos bolivianos, numa consulta popular, por ele mesmo convocada, que vinculava textualmente a continuidade do seu mandato à aprovação do processo de mudanças que lidera.

Diferentemente dos chamados “referendos autonomistas” realizados no primeiro semestre deste ano em alguns departamentos, esta consulta popular recente, que teve a maior participação popular da história boliviana, foi legitimada pela participação de todas as forças políticas (inclusive as que hoje recorrem à violência), de observadores internacionais da OEA e de dezenas de países, tendo sido organizada e processada pela Corte judicial eleitoral do país.

Assim sendo:

1 – condenamos firmemente os setores oposicionistas bolivianos que vêm se utilizando da violência contra comunidades indígenas e camponesas, destruindo bens estatais, sabotando a economia nacional e as riquezas naturais, fechando fronteiras, inclusive com o nosso país, e fomentando uma guerra civil.

2 – repudiamos com veemência as manifestações de racismo e todas as atitudes que atentem contra as liberdades democráticas, a integridade territorial, a soberania nacional e o caráter plurinacional do Estado boliviano.

3 – conclamamos os povos, autoridades e instituições brasileiras e dos demais países latino-americanos a prestarem solidariedade ao povo boliviano, condenarem qualquer intento golpista ou separatista e a respaldarem o governo legitimamente constituído.

Associação Cultural José Marti

Assembléia Popular Nacional

Casa da América Latina

Central dos Movimentos Populares – CMP

Centro Cultural Antonio Carlos de Carvalho – CECAC

Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do RJ

Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes

Conam

Campanha Tirem as Mãos da Venezuela

Esquerda Marxista

Fam Rio

Forum de Meio Ambiente do Trabalhador – Sepetiba, RJ

Intersindical

Jubileu Sul Brasil

Luta Fenaj

Morena – Círculos Bolivarianos

Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST

Mandato Deputado Marcelo Freixo- PSOL

Mandato Vereador Renatinho – PSOL/Niterói

Movimento Direito Para Quem? – DPQ

Movimento das Fábricas Ocupadas

Movimento Terra e Liberdade – MTL

Nossa América

PACS

Partido Comunista Brasileiro – PCB

Partido dos Trabalhadores – PT

Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro

Refundação Comunista

União da Juventude Comunista

Beth Carvalho, cantora e compositora
Carlos kalifa, Coordenador Núcleo Largo do Machado PT-RJ
Diogo Campos dos Santos
Eide Barbosa, Núcleo Largo do Machado

Eliane Tomiasi Paulino, Geógrafa, Londrina – Brasil
Fernando Morais, escritor
Helena Gomes das Chagas

Horaci Martins de Carvalho
José Mário Soares Alves de Souza Souza – PSOL/RJ

Latuff, cartunista

Maria Ciavatta, professora UFF

Odon porto de Almeida, fundador do Sindicato dos Bancários de Garanhuns-Brasil
Tuca Moraes e Luiz Fernando Lobo, Cia. Ensaio Aberto