Assassinato de Teixeirinha continua impune

Após 15 anos o assassinato de Diniz Bento da Silva, o Texeirinha, trabalhador Sem Terra do MST executado pela Polícia Militar do Paraná, em Campo Bonito, no dia 8 de março de 1993, nenhum mandante ou executor ainda foi punido. Diante da morosidade da Justiça em relação ao caso, o mais impressionante é que até agora o inquérito do assassinato ainda não foi concluído e ninguém foi responsabilizado pelo crime.

O caso teve repercussão internacional e provocou a condenação do Estado do Paraná, em 2001, pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, organismo da OEA (Organização dos Estados Americanos), que considerou ter havido encobrimento dos fatos por parte do Estado, por meio do prolongamento de investigações ineficazes por mais de sete anos.

O Estado do Paraná também foi condenado a pagar uma pensão vitalícia e reparação por danos morais em dinheiro aos familiares, mas como o processo da indenização foi julgado definitivamente apenas em dezembro do ano passado, ainda não há data definida para o pagamento, que será feito por precatório.

A esperança que resta à família é seguir pressionando o Estado para que o neto de Teixeirinha consiga receber sua indenização, já que sua esposa Lúcia Maico da Silva, morreu de enfisema pulmonar aos 75 anos, em janeiro, sem receber nada. Seu único filho Marcos, também faleceu em um acidente de trânsito há dois anos, deixando a esposa e o filho.